quinta-feira, 19 de maio de 2011

"Já virou habitual assalto e violência na USP", diz aluno da FEA

Fabiana Uchinaka /UOL
Em São Paulo
Pedro Henrique Antelmo, 20, chegou para mais um dia de aula, mas encontrou "a confusão" instalada na entrada da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP (Universidade de São Paulo). Estudantes estavam reunidos em frente à unidade em protesto por causa do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva na noite de ontem."É triste, mas já virou habitual assalto e violência na USP", disse Pedro Henrique, estudante de administração. "Eu estudo de manhã, mas quando tenho aula à noite, sempre vou acomopanhado de outros colegas até o bolsão de estacionamento."
O estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, foi morto com um tiro na cabeça na noite de ontem, no estacionamento da USP (Universidade de São Paulo). Segundo informações de testemunhas, um homem foi visto saindo com um carro em alta velocidade do local. Ninguém foi preso. O caso foi registrado na 93º DP. Na foto, reprodução de imagem de uma foto da vítima
A presidente do centro acadêmico da FEA, Maíra Madrid, confirma a reclamação do estudante: "a gente já tinha reclamado [da falta de segurança]". Entre os pedidos dos alunos está mais iluminação e aumento do efetivo da Guarda Universitária. Sobre aumento da presença da PM (Polícia Militar), a líder estudantil disse que "a gente ainda tem que debater isso". A comunidade da USP tem resitências sobre a atuação da PM no campus."Esse medo da polícia é anacrônico, vem da ditadura, mas não tem mas sentido hoje em dia", argumenta Pedro Henrique. "A policia nao pode tirar a nossa liberdade mas ela precisa nos proteger dos assaltantes."A estudante do primeiro ano de odontologia, Caroline Dias de Oliveira, 20, também estava em frente à FEA com seus colegas de turma. "Viemos protestar contra a falta de segurança. Já aconteceu sequestro relâmpago, assalto, aqui é muito visado: tem banco, pode acontecer com qualquer um", disse a caloura.Segundo a assessoria de imprensa da FEA, a questão da segurança "sempre preocupou". Por isso, a FEA já possuía planos de instlaar câmeras de segurança e já estudava a instalação de catracas para restringir o acesso à universidade.
Pai e mãe de Felipe Ramos de Paiva, 24, são amparados por policiais após filho ter sido baleado e morto no estacionamento da USP (Universidade de São Paulo), na noite de quarta-feira
Sequestros
Entre o final de março e o começo de abril, houve regsitro de, pelo menos, três casos de sequestro-relâmpago. Na época, a reitoria da USP afirmou que estava trabalhando para melhorar o sistema de segurança no interior do campus, mas não deu detalhes. A Cidade Universitária tem atualmente 95 câmeras de monitoramento e 114 guardas. Além disso, também conta com rondas da Polícia Militar.

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