sexta-feira, 9 de agosto de 2013

NILSON XAVIER-“Amor À Vida” é uma excelente novela mexicana brasileira

Ainda bem que Marina Ruy Barbosa não teve seu cabelo cortado! Se o corta/não corta já gerou esse buchicho todo, imagina se tivesse ido às vias de fato! Já basta o melodrama fácil que Walcyr Carrasco impôs à personagem da atriz. No capítulo desta quinta-feira (08) de “Amor À Vida”, Nicole partiu desta para uma pior: o espírito atormentado da pobre menina rica vai vampirizar seus algozes Thales (Ricardo Tozzi) e Leila (Fernanda Machado). Sofrimento pouco é bobagem. E haja odor de rosas e “Clair de Lune” para embalar a tragédia da vida/morte da personagem. “Amor À Vida” é uma ótima novela ruim. Ótima porque o autor sabe prender o público. Carrasco tem a manha, conhece todos os segredos do folhetim, gênero que originou a telenovela. Todos os clichês do melodrama (ou quase todos) estão lá. Embalados por uma trilha sonora pontual, a interpretação over dos atores e o texto mais over ainda do autor. O diferencial de “Amor À Vida”, e seu maior atrativo, é exatamente este: é uma telenovela deslavada, sem medo de fazer aflorar – muitos tons acima – as emoções mais fáceis do ser humano. Isso a torna “menor”? Claro que não! Haja vista o sucesso das novelas mexicanas pelo mundo. “Amor À Vida” é uma excelente novela mexicana brasileira. Claro que a comicidade forçada – digna de um programa de humor de gosto duvidoso -, o texto teatral demais e alguns personagens chatos e outros tantos bem caricatos, desabonam a novela. Mas são inerentes à sua proposta e, portanto – talvez – até passíveis de se relevar.

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