segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Épico gaúcho com Fernanda Montenegro vira minissérie depois de fracassar no cinema

A atriz Fernanda Montenegro conta que foi com "muito cuidado" e "muito receio", que interpretou Bibiana Terra na versão de Jayme Monjardim de "O Tempo e o Vento". "Até hoje é impossível ler 'O Tempo e o Vento' e não se envolver com esses personagens tão extraordinariamente descritos", afirma. Ainda assim, sua atuação foi considerada pela crítica um dos pontos fortes de um projeto problemático. Após um desempenho sofrível no cinema, a saga sobre a formação do Rio Grande do Sul volta em 2014 na televisão. A TV Globo estreia a adaptação do clássico de Érico Veríssimo (1905-1975) no dia 1º de janeiro. No cinema, o longa, cujo orçamento atingiu os R$ 14 milhões, recuperou cerca de R$ 7 milhões na bilheteria. Para ser exibido na TV, foi reeditado e dividido em três capítulos, ganhando novas cenas e personagens. Fernanda diz ter dificuldades para citar algo que lhe desagrade no projeto.

"Não estou fugindo da pergunta. Mas é um trabalho de tanta gente envolvida, tanta dificuldade para fazer, um épico, não é todo dia que se faz". Ela conta que sua Bibiana, quase centenária, "uma personagem avassaladora", a desafiou. Sim, após seis décadas de carreira, Fernanda diz que continua se sentindo desafiada pelos personagens. "Nada é fácil. Cada vez que você apresenta um papel é uma entidade que está ali na sua frente. Ou eu dou conta ou eu sou devorada", afirma. A atriz diz não sofrer, manter o conflito sob controle. "Não faço disso uma batalha de um ego absolutista. O importante é ir vivendo." OUTRO LADO DA TELA Como telespectadora, a atriz cita programas jornalísticos, de entrevistas e de variedades entre os favoritos. Gosta de "Tapas e Beijos", série da Globo, mas não porque "a Fernanda Torres" [sua filha] é protagonista. "Quando tenho tempo, também gosto da loucura da novela das nove. Tem ousadias plenas de humor e algumas interpretações são extraordinárias." Ela cita Mateus Solano, Antônio Fagundes, Ary Fontoura, Nathalia Timberg e Susana Vieira. Mas diz que não acompanha a história todo dia, nem outros programas de dramaturgia, pois tem a vida agitada e pouco tempo. "Não é que não estejam acontecendo coisas interessantes, é que não tenho tempo mesmo."

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