terça-feira, 4 de março de 2014

Excesso de pesadelos na infância pode indicar tendência a psicoses

O excesso de pesadelos na infância pode ser um sinal precoce do surgimento de transtornos psicóticos na vida adulta, sugere uma pesquisa britânica. O estudo foi publicado na revista científica "Sleep" e analisou dados de 6,8 mil crianças do Reino Unido até os 12 anos de idade. Conduzida a pedido da ONG YoungMinds, a pesquisa também mostrou que pesadelos acompanhados de gritos e movimentos involuntários, durante a noite, também poderiam elevar o risco do aparecimento de doenças mentais. Como parte da pesquisa, os pais tiveram de responder a perguntas sobre problemas de sono de seus filhos. Ao fim do levantamento, as crianças foram avaliadas quanto à frequência de experiências psicóticas, como alucinações e delírios. O estudo revelou que a maioria das crianças tinha pesadelos em algum ponto da infância. No entanto, 37% delas apresentavam "sonhos aflitivos" com frequência acima da média. Uma em cada dez crianças tinha pesadelos. A idade delas variava, geralmente, entre três e sete anos. A equipe de cientistas da Universidade de Warwick, na Inglaterra, concluiu que o excesso de pesadelos estaria ligado a um maior risco de aparecimento de problemas de saúde. O quarto montessoriano é uma das aplicações da filosofia da médica e educadora italiana Maria Montessori (1870-1952) no desenvolvimento da criança na primeira infância. Todos os seus elementos visam criar um ambiente de aprendizado criativo. O espaço deve ser estruturado de acordo com a ótica da criança e não do adulto, de forma que ela circule livremente no espaço explorando as coisas que estão ao seu alcance. Cerca de 47 em cada mil crianças sofriam alguma forma de experiência psicótica. No entanto, aqueles que apresentavam sonhos aflitivos aos 12 anos tinham 3,5 vezes mais chances de desenvolver psicoses. O risco dobrava se a criança sofresse de um distúrbio do sono conhecido como "pânico noturno", uma espécie de pesadelo potencializado, caracterizado por gritos durante a noite. Um dos pesquisadores, Dieter Wolke, afirmou à BBC que os "pesadelos são relativamente comuns, assim como os pânicos noturnos, mas a frequência com que isso acontece pode indicar um problema mais sério".

A relação entre os distúrbios do sono e as psicoses ainda não está clara. Uma teoria é de que o bullying ou outros eventos traumáticos no início da vida podem causar ambos os sintomas. Outra hipótese diz respeito às ligações dos cérebros das crianças, uma vez que as fronteiras entre o que é real e fantasioso são menos claras. Nem sempre que as crianças reclamam de dor ou sofrem algum mal-estar, como febre e diarreia, é necessário ir ao hospital ou consultório do pediatra. Os especialistas recomendam que os pais busquem investigar a origem do quadro, observem a evolução dos sintomas e tomem medidas simples, porém eficazes, para ajudar os filhos melhorarem.

Segundo Wolke, uma rotina regular na hora de ir para a cama e a qualidade do sono são elementos chave para reduzir o número de pesadelos. "A qualidade do sono é muito importante. As crianças têm de ir para cama com maior regularidade, evitar filmes que estimulem a ansiedade antes de dormir e não usar o computador durante a noite." Já os "pânicos noturnos" podem ser solucionados acordando brevemente as crianças durante a noite. Para Lucie Russell, diretora de campanhas da YoungMinds, "o estudo é importante porque tudo o que pudermos fazer para possibilitar uma identificação precoce de sinais de doenças mentais é vital para ajudar milhares de crianças". "Quando mais cedo o problema foi avaliado, maior é a chance de a criança se livrar da psicose na idade adulta", afirmou Lucie.

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