quinta-feira, 5 de junho de 2014

A Bela e a Fera é a próxima animação Disney a ganhar versão live action

É com zero surpresa que a Disney anunciou, após os 184 milhões de dólares abocanhados por Malévola em menos de uma semana em cartaz pelo mundo, que tem planos para dar a outra de suas animações um tratamento live action. A Bela e a Fera, que que deu o salto para a empresa do Mickey se reinventar com sucesso no cinema em 1991 – o que incluiu uma inédita indicação ao Oscar de melhor filme –, será adaptado como um musical pelas mãos do diretor Bill Condon. A Variety deu o furo, com o Hitflix adicionando que Condon vai usar como sabe não apenas a animação, mas também o musical de Alan Menken e Tim Rice, em cartaz na Broadway de 1994 a 2007, como base para seu filme. Data, elenco, tudo permanece no futuro. Bill Condon é, de fato, a melhor escolha para tocar A Bela e a Fera versão carne-e-osso.

Roteirista talentosíssimo (ele escreveu a versão para cinema de Chicago), Condon mostrou a que veio atrás das câmeras com Deuses e Monstros, em 1998, e fez o drama Kinsey, com Liam Neeson, antes de abraçar a versão para o musical da Broadway Dreamgirls, que deu um Oscar a Jennifer Hudson e o melhor papel de Eddie Murphy em anos. A Bela e a Fera, por sinal, não será seu primeiro rodeio no mundo das megaproduções. Ele fez o melhor que pôde com os dois A Saga Crepúsculo: Amanhecer, mas com um texto ruim existe limite até para um autor genial. A Bela e a Fera teve seus primórdios como um conto de fadas de Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, que o escreveu em 1740, embora sua versão definitiva saísse da pena de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont quase duas décadas depois. No cinema, sua primeira (e primorosa versão) veio do francês Jean Cocteau em 1946. Variações da histórias tiveram encarnações na TV (Linda Hamilton e Ron Perlman eram protagonistas de uma série nos anos 80; em 2011 uma versão moderna apareceu na TV sem muito barulho). A animação que a Disney lançou em 1991 continua sendo, porém, a versão mais popular – e, para muitos, a definitiva – da história de Belle e da criatura amaldiçoada que vive em reclusão num castelo tão majestoso quanto decadente.

Antes de ver o que Bill Condon tem em mente para A Bela e a Fera, que terá roteiro de Evan Spiliotopoulos (responsável pelo texto de diversas continuações de animações da Disney lançadas direto em home video), o francês Christophe Gans (Crying Freeman, O Pacto dos Lobos) tem sua versão do conto de fadas, com Vincent Cassel e Léa Seydoux, agendada para chegar ao Brasil em 2 de outubro – dá uma olhada no trailer ao fim do texto. Malévola não é a primeira versão live action de uma animação Disney a fazer sucesso – e, com certeza, está longe de ser a última. 101 Dálmatas trouxe Glenn Close no papel de Cruella De Vil em 1996 e encheu o cofrinho com 320 milhões de dólares. Mas foi Alice no País das Maravilhas que, com o time Tim Burton/Johnny Depp, quebrou a barreira de 1 bilhão de dólares (1.025.467.110 para ser mais exato) em 2009 e abriu a proverbial Caixa de Pandora. Para 2015 o estúdio já tem no forno Cinderella (de Kenneth Branagh) e The Jungle Book (de Jon Favreau), seguido de Alice Através do Espelho no ano seguinte. Seguindo o ritmo, Bill Condon terá seu A Bela e a Fera pronto para o fim do mesmo ano. Aguardo, ansioso, uma versão em carne-e-osso de Nem Que a Vaca Tussa…

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