quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cinco anos sem Michael Jackson; entenda por que o Rei do Pop não morreu

Elvis não morreu, entrou para o programa de proteção às testemunhas do FBI. Jim Morrison também vive: cansado da fama, passou a se esconder do mundo sob a identidade do escritor Thomas Pynchon. Diferente dos colegas, Michael Jackson pode ainda não ter ganhado sua teoria conspiratória definitiva, mas hoje, passados exatos cinco anos de sua morte, sua memória brilha forte tal qual uma cintilante luva cravejada de cristais Swarovski. Você pode gostar dele ou não, mas o fato é que o Rei do Pop continua entre nós, e muito mais no presente do que em sua apagada última década de vida. Indícios não faltam. Desde o fatídico 25 de junho de 2009, Michael já lançou dois álbuns póstumos e tem material para outros oito, voltou às paradas, estrelou um documentário, se apresentou "ao vivo" como holograma e até foi flagrado fazendo compras em Paris. No caso mais pitoresco, precisou pagar a indenização simbólica de 1 euro a fãs da Suíça, Bélgica e França, pelo inapelável "dano emocional" causado por sua repentina morte, após uma overdose de propofol, um forte anestésico utilizado como sonífero. Brincadeiras, exageros e polêmicas à parte, Michael nunca perdeu seus tons superlativos nem sua majestade na música. Segundo levantamento da revista "Forbes", ele é o artista que mais lucra depois de morrer, desbancando a estrela Elizabeth Taylor. A recente escalada do pop suingado de Bruno Mars, Pharrell Williams, Robin Thicke e Justin Timberlake reafirma ainda mais o legado de um artista que redefiniu não só a música negra dos Estados Unidos, mas todo um universo pop. Hoje é possível afirmar que existe o antes, o depois e o "além" de Michael Jackson. Entenda por que o fantasma do ex-vocalista do Jackson 5 ainda está longe de ser exorcizado.

1. Discos póstumos
Como manda a cartilha dos astros que partem, Michael Jackson possui dois álbuns póstumos com músicas inéditas: "Michael" (2010) e "Xscape" (2014). Mesmo tidos por muitos como meros caça-níqueis, os discos receberam boas críticas --especialmente o segundo-- e fizeram o cantor voltar a liderar as paradas nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Mesmo sem os singles fortes de outrora, "Xscape" chegou ao segundo lugar no Brasil, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos.

2. Show em holograma
MJ não passou imune ao modismo das apresentações holográficas. Em maio deste ano, ele "subiu ao palco" do Billboard Music Awards para interpretar "Slave to the Rythm", incluída em seu último álbum póstumo. Com traje semelhante ao da época do álbum "Bad" (1987), ele fez coreografias com dançarinos e não perdeu a chance de encenar seu famoso passo "moonwalk". A apresentação foi mantida em sigilo até o último momento, e, segundo a organização do evento, precisou de um ano de trabalho com a colaboração de 104 artistas e técnicos.
3. Dueto com Freddie Mercury
Fãs de Michael e Freddie já sabiam da existência de bootlegs com duetos de dois dos maiores vocalistas do pop e do rock. Disponível no YouTube, o material, no entanto, nunca foi lançado oficialmente. Ainda. O baterista do Queen, Roger Taylor, afirmou recentemente que trabalha para lançar as músicas, inéditas, gravadas em 1983 na Califórnia, quando a banda inglesa finalizava o álbum "The Works". São três faixas, "State of Shock", "Victory" e a propícia "There Must Be More to Life than This".
4. Novas denúncias de abuso infantil
O australiano James Safechuck expôs publicamente, em maio deste ano, o calcanhar de aquiles de Michael. Segundo a denúncia, ele teria sido abusado dos 10 aos 15 anos de idade no rancho Neverland, após estrelar com o músico um comercial da Pepsi em 1988. Segundo relatório obtido pelo jornal "The Daily Beast", Safechuck negou por anos as acusações de que teria sido molestado pelo Rei do Pop, mas resolveu entrar com processo após o coreógrafo Wade Robson afirmar ter sido abusado sexualmente por Michael na infância.
5. Indenização a fãs por ter morrido
Em fevereiro, cinco fãs de Michael obtiveram a insólita e simbólica indenização de 1 euro pelo "dano emocional" causado pela morte do cantor em 2009. Eles faziam parte de um grupo de 34 pessoas que entraram na Justiça francesa contra o médico Conrad Murray, condenado a quatro anos de prisão nos Estados Unidos pelo homicídio culposo do astro. O juiz do tribunal de Orleans considerou que essas cinco pessoas, originárias da Suíça, Bélgica e França, provaram o "sofrimento" causado pela morte.

6. Flagra nas ruas de Paris
O jornalista e fã brasileiro Dirceu "Jackson" surpreendeu o mundo ao apresentar vídeos que supostamente provariam que Michael Jackson está vivo. Em um deles, o astro "aparece" em uma rua de Paris carregando sacolas de compras, pouco antes de seus seguranças abordarem o casal francês que registrava as imagens. O suspeito "furo de reportagem" foi apresentado no programa "Balanço Geral", da Rede Record. Irredutível, Dirceu jura que Michael já até lhe enviou um e-mail. "Ele quer que os fãs saibam que ele está vivo. Eu tenho a certeza de que está vivo", disse na época.
7. Lady Gaga com figurino de MJ
Roupas e acessórios usados por Michael Jackson foram leiloados por mais de US$ 5 milhões em 2012. Entre os ricos e felizardos compradores estava um nome famoso: Lady Gaga, que adquiriu 55 peças. Segundo a cantora, algumas delas foram usadas durante o processo de gravação de seu último álbum, "Artpop". "Existem alguns suéteres que eu uso. Eu os usei quando estávamos mixando um disco. Sinto algo vindo das roupas. Apenas sinto que por meio das roupas você consegue sentir coisas", explicou ela em uma rádio norte-americana, sem explicitar que "coisas" seriam essas.
8. Lucro do além
Michael Jackson apareceu em primeiro no último ranking dos artistas falecidos que mais geram lucros, divulgado pela revista "Forbes". Segundo a publicação, os herdeiros do Rei do Pop ganharam US$ 160 milhões (cerca de R$ 355 milhões) somente entre junho de 2012 e junho de 2013, quantia que também supera os US$ 125 milhões embolsados pela cantora Madonna, a artista viva que mais lucrou no período. Cinco anos após a morte de Michael Jackson, a empresa que administra seus bens alcançou mais de R$ 1,5 bilhão em receita.

9. Documentário póstumo
O filme "Michael Jackson's This Is It" foi lançado quatro meses após a morte do cantor. Com ares de superprodução --a Sony desembolsou US$ 60 milhões para o projeto--, mostra os bastidores dos ensaios para sua turnê de despedida, que jamais viria a acontecer. Com cenas que possivelmente estariam nos extras do futuro DVD do show, traz o velho toque de Midas de Michael, dono do álbum mais vendido da história ("Thriller"). Foram US$ 261 milhões em bilheteria em todo o mundo, superando o documentário "Fahrenheit 9/11", de Michael Moore.
10. Filha tenta o suicídio
Ainda que indiretamente, o músico foi destaque no noticiário de celebridades em 2013 quando sua filha do meio, Paris Jackson, tentou se matar. A adolescente foi encontrada com vários cortes nos pulsos e teve que permanecer internada. Segundo a avó Katherine Jackson, ela jamais conseguiu superar a depressão e o luto pela morte do pai. De acordo com o tabloide "Daily Mail", Paris passou a viver em um internato nos Estados Unidos. Atualmente, voltou a conviver com a família.

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