quinta-feira, 3 de julho de 2014

PF investiga pichação após alunos acusarem professor de homofóbico

Alguns alunos do 5º período do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Federal do Piauí (UFPI) acusam um professor de ser homofóbico. O episódio aconteceu no dia 29 de agosto. O professor teria dito uma frase polêmica durante a aula. No dia 3 de setembro, a porta da sala do docente foi encontrada pichada e a Polícia Federal foi acionada para encontrar o autor do vandalismo. Segundo relatos de estudantes, o docente teria dito em sala de aula que a “Aids fez bem para os gays”. Ele também teria falado que a doença estaria se espalhando por conta dos gays. Uma aluna que prefere não se identificar, disse acreditar que o professor quis gerar um debate envolvendo gays e Aids, mas ao usar os dois na mesma frase, ele teria sido mal entendido.

Já outro aluno discorda da companheira de sala e afirma que o professor teria dito frases preconceituosas em outras aulas. “Esta não é a primeira vez que o professor mencionou palavras de preconceito contra homossexuais durante as aulas”, diz o aluno. O diretor do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), Nelson Juliano, afirmou que não há registro contra a postura do professor em sala de aula. “Nenhum estudante ou funcionário da UFPI reclamou oficialmente do professor na Ouvidoria desta instituição. Sobre o incidente que ocorreu com os alunos do 5º período de história, é um caso isolado já que ele me explicou que estava tratando de temas como Aids e Homossexuais e foi mal entendido pela classe. Acusar um professor de homofobia porque se expressou erroneamente é um caso sério”, justifica o diretor. Nelson Juliano contou ainda que o próprio professor chamou a Polícia Federal para fazer uma perícia com o objetivo de encontrar o responsável pela pichação na porta da sala. “Não há câmeras de segurança dentro do campus da UFPI, logo, não é possível identificar quem fez este ato de vandalismo. E também não é possível relacionar o mal entendimento em sala de aula com a pichação. Temos que aguardar a investigação da Polícia Federal”, argumenta. O diretor do CCHL afirmou também que uma sindicância será aberta caso os policiais federais não comprovem quem fez a pichação, e se há alguma relação entre o incidente ocorrido em sala de aula.

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