segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Perspectiva 2015: Brasil tende a ignorar o nascimento de Elis Regina há 70 anos

Como o Brasil tem o costume de celebrar com mais ênfase os aniversários de morte do que os de nascimento de seus ídolos, a tendência é de que o país esqueça ou miniminize os 70 anos de vida que Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 - São Paulo, 19 de janeiro de 1982) completaria neste ano novo de 2015. Até porque, em 2012, o Brasil lembrou os 30 anos da saída de cena da artista gaúcha - vista em ilustração do álbum Essa mulher (WEA, 1979) - com tributos que destacaram o show em que a cantora Maria Rita, filha de Elis, entoou músicas marcantes do repertório de sua mãe. De certo modo, pode-se afirmar que Elis também completaria 50 anos de carreira em 2015. Afinal, embora a cantora tenha começado a gravar discos em 1960, sua trajetória musical somente seria relevante a partir de 1965, ano em que - ao defender a vitoriosa Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) no I Festival de Música Popular Brasileira - Elis Regina se transformou instantaneamente em Elis Regina, após álbuns e compactos incompatíveis com a sua voz e o seu talento. Foi a partir de 1965 que, contratada pela gravadora Philips, a cantora passou a dar voz aos compositores da MPB que surgia naquela era dos festivais. E o fato é que essa mulher, essa senhora cantora, faria 70 anos em 17 de março de 2015. Faça-se a festa à altura da voz antenada de Elis Regina Carvalho Costa!

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