Mulher sofreu infarto e morreu; família acusa pronto-socorro de negligência
Atualizada às 20h20
Uma família de Santa Lúcia, na região Central do Estado de São Paulo, acusa o pronto-socorro da cidade de negligência após a morte de uma mulher na sexta-feira (25). De acordo com os parentes, houve demora no atendimento e, após o motorista da ambulância se recusar a levar a vítima, o próprio marido teve que dirigir uma ambulância até um hospital.
Durante a manhã, Maria Aparecida Bergamim, de 65 anos, não se sentiu bem. A filha dela, Márcia Elaine Bergamim, pediu uma ambulância para levá-la até um hospital mais próximo, a 12 quilômetros, em Araraquara. “A enfermeira falou para mim que o motorista se negou a levar, porque ele ia largar às 22h e já eram 21h31”, explicou.
No boletim de ocorrência, a enfermeira Alaíde Gouveia Jardim disse que chamou o motorista pelo interfone, mas não teve retorno. Quando percebeu, o funcionário já tinha ido embora.
Diante da confusão, o marido da vítima, que é motorista da prefeitura, conseguiu autorização da diretora de saúde para dirigir a ambulância. Apesar disso, nenhum médico ou enfermeiro acompanhou a viagem. Foram apenas o marido, a filha e uma sobrinha da aposentada.Maria teve um infarto e morreu assim que chegou na Santa Casa de Araraquara. O médico que recebeu a paciente registrou um boletim de ocorrência por omissão de socorro.A diretora de Saúde de Santa Lúcia, Vera Lúcia Casterete, disse que a prefeitura abriu um processo administrativo. Motoristas, médicos, enfermeiros e parentes da vítima devem ser ouvidos ainda esta semana. “A obrigação dele enquanto ele está ali é atender e buscar a paciente. Independente de estar faltando dois minutos para picar o cartão”, disse.
A reportagem da EPTV tentou contato com o médico e o motorista que estavam de plantão, mas eles não foram encontrados.
EPTV CAMPINAS
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