terça-feira, 26 de abril de 2011

Após temporal, previsão é de chuva moderada nesta manhã no Rio

Capital está em estágio de atenção nesta terça-feira após alagamentos.Segundo o Alerta Rio, maior incidência de chuvas foi na Tijuca.

Do G1 RJ

 O Rio de Janeiro foi atingido na noite de segunda-feira (25) e na madrugada desta terça-feira (26) por um temporal que afetou principalmente a Zona Norte da capital fluminense. Os bombeiros informaram ter resgatado um corpo nas imediações da Praça da Bandeira. Além de ter alagado bairros, as chuvas causaram a interdição da Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá por causa do deslizamento de uma pedra. A previsão é de mais chuva nesta manhã.Após o temporal, a cidade entrou em estágio de atenção, de acordo com boletins do Alerta Rio. Segundo o órgão, há a possibilidade de chuva moderada a ocasionalmente forte na manhã desta terça-feira. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informa que  a previsão é de tempo parcialmente nublado, passando a nublado, mas com pancadas de chuvas isoladas.O Alerta Rio informa que a chuva forte que atingiu a capital na noite de segunda-feira (25) e na madrugada de terça-feira (26) acumulou 274 mm, em um período de nove horas,  apenas na estação pluviométrica Tijuca/Muda. A mesma estação registrou, às 21h de segunda, o terceiro maior pico de chuva desde a criação do Alerta Rio, em 1997, com um acúmulo de 99,6 mm de chuva por hora.As estações pluviométricas com maior incidência de chuva nas últimas 24h foram: Tijuca/Muda (274,2 mm), Tijuca (218,2 mm) e Grajaú (185,0 mm), na Zona Norte.
Risco de escorregamento
O Centro de Operações informa que a probabilidade de escorregamento é muito alta nas encostas da região da Grande Tijuca, Andaraí, Lins, Grajaú, Rio Comprido e Alto da Boa Vista. A orientação da Defesa Civil é para que as pessoas que moram em áreas de risco se dirijam a pontos de apoio em locais seguros e permaneçam lá até a chuva parar.A Defesa Civil do Rio registrou quatro deslizamentos de terra na noite desta segunda em favelas da Zona Norte, durante a chuva forte que atingiu a cidade. Segundo o Centro de Operação da Prefeitura do Rio, os deslizamentos aconteceram nas comunidades JK, Borel, Andaraí e Chacrinha. Não houve vítimas.

 Pedidos de ajuda
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a Defesa Civil recebeu 78 chamados entre 19h de segunda-feira e 04h30 desta terça-feira. Devido ao risco de novos desabamentos, as sirenes de alerta instaladas nas áreas próximas a encostas foram acionadas em nove morros.O prefeito Eduardo Paes acompanhou os trabalhos das equipes da Defesa Civil no Centro de Operações, na Cidade Nova, no Centro. Paes pediu paciência aos moradores e alertou para que as pessoas evitem se deslocar durante o temporal. Ele também prometeu obras na Praça da Bandeira, região onde houve alagamentos, em até três anos.
Descarga elétrica
Ainda na Tijuca, uma mulher foi atingida por uma descarga elétrica na Rua Conde de Bonfim. Bombeiros do quartel da Tijuca foram acionados para o local. De acordo com a corporação, a mulher foi levada para o Hospital do Andaraí, também na Zona Norte. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde. A polícia ainda apura as causas do acidente.
Pedra interrompe tráfego em estrada (Foto: Reprodução/TV Globo)
Pedra fecha tráfego em estrada; técnicos trabalham na desobstrução (Foto: Reprodução/TV Globo)

Rio de Janeiro enfrenta durante quatro horas chuva de 40 dias

Pedras desabaram, raios sacudiram as casas e as pessoas passaram horas e horas presas nas ruas. Foi o caos.

O carioca foi obrigado a enfrentar o caos provocado pela chuva forte e constante. Em diferentes pontos da cidade, era a mesma cena: alagamentos, congestionamentos e milhares de pessoas sem ter como voltar para casa.
Na Tijuca, uma das áreas mais atingidas pelo temporal, ruas inundadas impediram a passagem do trânsito. Na tentativa de fugir da enchente, muitos motoristas dirigiam de marcha-ré ou na contramão.
Passageiros desse ônibus tiveram de descer e atravessar a água depois de esperar por mais de duas horas para o que o nível da cheia baixasse, mas a chuva não parou.
“Estou há duas horas parado tentando voltar para casa. Amanhã tem de voltar cedo para o trabalho”, disse um jovem. “Atravessei a correnteza. É ariscado, mas estou um tempo na chuva com frio e fome”, contou um morador.Alguns motoristas arriscaram a travessia. Outros passaram horas parados dentro do carro. “São três horas e meia que estou parado, não tem como passar o rio maracanã”, comentou um taxista.
Uma mulher levou uma descarga elétrica ao se apoiar em um poste para pegar a moto durante o temporal. Simone, de 24 anos, desmaiou na hora e foi amparada por conhecidos. “Fiquei presa no poste no chão. O choque me jogou no chão e fiquei tremendo. Quero ir para casa ver meu filho”, contou Simone.
Sirenes de alerta avisaram para o risco de desabamentos em nove comunidades, e os moradores foram orientados a procurar os pontos de apoio da prefeitura. No Morro do Borel, a água descia com a força de uma cachoeira. “Um ponto principal é onde recebe as pessoas é o CIEP, onde as pessoas estão se dirigindo”, relatou Giovino Neto, coordenador de uma ONG.
Na Avenida Brasil, o trânsito ficou lento por causa dos bolsões d'água. Muitas pessoas ficaram ilhadas. Em Vila Isabel, o motorista de um carro perdeu a direção na saída do túnel. Na Estrada Grajaú-Jacarepaguá, houve outro acidente provocado pelo deslizamento de uma pedra. A via foi interditada, e a motorista se salvou por pouco.“Quando ela viu, a pedra estava rolando na frente do carro. Ela não bateu no carro, a pedra que veio rolando e bateu nela. Graças a Deus, ela nasceu de novo hoje”, disse o pai da motorista, o bancário Carlos Alberto Gomes.Na Praça da Bandeira, uma forte correnteza se formou. Imagens enviadas pelos telespectadores ao G1 mostram um carro sendo arrastado pelas águas. Em frente ao Estádio do Maracanã, o rio transbordou.Às 2h desta terça-feira (26), o trânsito no bairro do Rio Comprido, Zona Norte do Rio, é pior do que o do horário de rush. Ninguém anda em função de vários pontos de alagamentos nessa região. Um posto de gasolina serviu de abrigo para muitas pessoas que passaram a noite lá, porque não tiveram como chegar até suas casas.“Saí do plantão, pegamos a chuva e não conseguimos sair. Vou passar a noite aqui, não estou vendo jeito de melhorar. Quero ir para casa tomar um banho”, comentou uma motorista.
A chuva torrencial deixou a noite longa e uma interrogação na cabeça dos cariocas. “Se chover na hora da Olimpíada e da Copa, vai acontecer isso”, apontou um jovem. 

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