Um produtor americano com uma longa carreira na China prepara uma versão asiática do famoso agente 007 britânico, James Bond, mas sem cenas de sexo e com muitas artes marciais, informou nesta segunda-feira o jornal oficial "China Daily".
Na futura co-produção o agente britânico dá espaço para um casal de gêmeos descendentes de uma linhagem da guarda imperial dedicada à luta contra o tráfico de ópio e educados pelos monges do mosteiro de Shaolin, berço do kung-fu, as artes marciais chinesas.Justiça (ele) e Coragem (ela), como são chamados os irmãos, não só são professores de kung-fu, mas também sabem utilizar todo tipo de armas, explosivos e equipamentos de telecomunicações de alta tecnologia; além de serem são escaladores, sobreviventes natos e treinados para matar.Como o famoso agente britânico, os gêmeos serão capazes de conduzir sofisticados veículos por terra, mar e ar, mas "têm mais preparação que 007 e a força adicional da filosofia e a sabedoria chinesas", segundo assinala Quick, que está buscando investidores para o projeto no atual Festival de Cinema de Pequim.Quick, atual vice-presidente de Heshan Media, calcula que o longa-metragem custará US$ 20 milhões (13,7 milhões de euros), e espera que seu filme concorra com a franquia britânica.
"Buscamos investidores chineses para 30%, incentivos financeiros do Canadá, EUA e México para 40%, e o restante 30% viria de investidores não chineses", assinalou Quick ao jornal.O empresário assinalou que espera distribuir o longa-metragem no mercado asiático, da Malásia até Coreia do Sul, e que em breve terá escolhido o diretor e o elenco de atores.
Craig Quick foi o artífice da introdução de programas bilíngues na rádio estatal chinesa no final da década de 1990 e também foi um dos quatro fundadores do canal "Star TV", que foi posteriormente adquirido pelo magnata midiático Rupert Murdoch, e foi responsável de Cultura e Arte em Hong Kong.A saga de James Bond foi assistido pela primeira vez na China em 2007, com 45 anos de atraso, com "007 - Cassino Royale", interpretado pelo britânico Daniel Craig, já que a censura chinesa considerava os filmes do agente britânico uma herança da Guerra Fria e, portanto, mantinha vetado o acesso a seu território.
EFE
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