quinta-feira, 9 de junho de 2011

EDUCAÇÃO FALIDA-Mãe reclama de aula vaga e diretora diz que escola não é particular

Léo Arcoverde
do Agora
A diretora da Escola Estadual MMDC, na Mooca (zona leste), disse à mãe de uma aluna, que reclamava da falta de professores, para ela "procurar outra escola". "A senhora quer que escola pública funcione como escola particular e não é assim", afirmou, ainda, a diretora.
A afirmação foi feita durante reunião com a mãe de uma aluna do primeiro ano do ensino médio, que pediu transferência do colégio no mês passado. A conversa com a diretora, ocorrida no dia 13 de abril, foi gravada pela vendedora Josefa Rosélia Melo, 50 anos, por meio de um telefone celular.
O Agora mostrou, no último dia 4 de abril, que a escola tinha aula vaga todos os dias. A reportagem retornou ao local ontem à tarde. Segundo relatos de alunos e de mães de estudantes, o problema de falta de professores continua o mesmo.
Funcionária é afastada da função
A Secretaria de Estado da Educação disse que "declarações equivocadas da diretora sobre a qualidade do ensino público não é validada pelo governo".
Justamente por não concordar com a postura da funcionária, a Coordenadoria de Ensino da Capital e Grande SP afastou a diretora de suas funções e instaurou uma apuração preliminar para averiguar o procedimento adotado durante a reclamação da vendedora Josefa Rosélia de Melo, 50 anos.
Em relação à falta de professores, a secretaria disse que professores substitutos de matemática e de geografia já foram escolhidos. Com essa medida, diz a pasta, o quadro de docentes ficou completo. Professores eventuais estão sendo convocados. Procurada, a diretora não quis falar sobre o caso.
Professores grevistas do RJ poderão ter salários descontados

Professores da rede estadual do Rio de Janeiro que aderiram à greve por tempo indeterminado anunciada terça-feira terão os dias descontados. A medida já foi adotada pela Secretaria Estadual de Educação em anos anteriores. "Se houver corte de ponto, não haverá reposição das aulas", avisa Tarcísio Carvalho, diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
A categoria quer 26% de reajuste, incorporação da gratificação do programa Nova Escola e descongelamento do plano de carreira. Segundo o Sepe, a adesão chegou a 60%. A SME afirma que não passou de 2% (17 escolas). Hoje, professores se unem aos bombeiros na Alerj, às 16h, para pressionar deputados a interceder junto ao governador Sérgio Cabral.

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