domingo, 25 de setembro de 2011

Sucesso nos EUA, série "The Killing" estreia amanhã no Brasil

JULIANA ZAMBELO/FOLHA
DE SÃO PAULO

Uma jovem bem-comportada é brutalmente assassinada em uma cidade chuvosa e sombria.
A sinopse pode parecer a de um remake, mas é o ponto de partida da elogiada série "The Killing", cuja primeira temporada já se encerrou nos Estados Unidos e estreia amanhã no Brasil. O estopim resgata na memória do espectador de mais de 30 anos o mítico seriado "Twin Peaks", de David Lynch, lançado em 1990. Nele, o corpo da adolescente Laura Palmer é encontrado à beira de um rio. A caçada ao autor do crime mobilizou o público durante meses.
A série traz outras semelhanças com a história de Lynch, mas não se prejudica por isso. Aos poucos, explora diferenças e sobrevive às comparações (veja abaixo).
Divulgação
Cena da série "The Killing"
Cena da série "The Killing"

"The Killing" é baseada na produção dinamarquesa "Forbrydelsen" e foi adaptada pela produtora e roteirista Veena Sud, que por cinco anos trabalhou em "Cold Case". Ela retrata os dias seguintes ao assassinato de Rosie Larsen, 17, em Seattle. Quem conduz a investigação é a detetive Sarah Linden, vivida por Mireille Enos.
A atriz se destaca no papel da policial mãe solteira determinada e pouco vaidosa.
Às vésperas de deixar o emprego para mudar de cidade e se casar, desdobra-se para cuidar do filho e dar atenção ao noivo mostrando várias faces de sua personalidade. A incompatibilidade entre a vida pessoal e a carreira é seu principal conflito quando assume o caso Larsen. "Essas são as mulheres que eu conheço. O fato de não vermos esse tipo de personagem na TV mostra que talvez precisemos que mais mulheres assumam a tarefa de criar programas que mostrem essa complexidade", diz Sud. Enos foi indicada ao Emmy de melhor atriz pelo papel - a série concorreu em seis categorias principais, mas não venceu nenhuma. Em "The Killing", cada episódio corresponde a um dia da investigação e, paralelamente aos procedimentos da polícia, acompanha o drama da família Larsen e os bastidores da campanha política pelo cargo de prefeito da cidade. Provas indicam que alguém na equipe de um candidato está ligado ao crime.
O ambiente é hostil, o clima constantemente nebuloso é opressor e todos os personagens escondem segredos. A combinação cria tensão e alimenta suspeitas.
Para Sud, as personagens são o foco da série. "Vamos para casa com o detetive, passamos tempo com a família da vítima, acompanhamos a investigação calmamente e talvez isso mostre de forma mais realista como os homicídios são investigados."
Nos EUA, a segunda temporada já foi confirmada.
Editoria de Arte / Folhapress

The Killing
Estreia da série
QUANDO amanhã, às 23h, na A&E
CLASSIFICAÇÃO não informada


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