POR @ferezabella
Conversei com Charlize Theron há mais de um mês para o lançamento de
“Prometheus”, que estreia amanhã no Brasil. Ela contou sobre o processo
obsessivo para entrar na personagem, do tema misterioso do filme e que
acredita sim em “forças extraterrestres”.
“É muito ingênuo ou narcisístico pensar que somos as únicas coisas vivas no universo”, disse.
O longa-metragem é a volta do diretor britânico Ridley Scott ao
gênero que o deixou famoso, a ficção científica, após os sucessos de
“Blade Runner – O Caçador de Andróides”(1982) e “Alien, o Oitavo
Passageiro” (1979).
Theron faz uma mulher ambiciosa que lidera uma expedição espacial em
busca de vestígios da origem da humanidade. A bordo da nave Prometheus,
estão os personagens de Noomi Rapace e Michael Fassbender.
“A pergunta principal do filme é: da onde nós viemos? Quem
nós fez, qual o sentido de tudo isto? E se você fosse conhecer seu
criador ou Deus e ele fosse uma decepção total?”, disse a atriz.
A preparação para seu personagem, ela conta, foi muito mais cerebral do que físico.
“A FORMA MAIS PODEROSA DE ENSAIO”
“Lembro de sentar com Ridley e Michael, às vezes Noomi participava. Ficávamos
lá por oito horas direto conversando, às vezes esquecíamos de almoçar
porque estávamos tão imersos em debates sobre aquele mundo, aquelas
pessoas do filme. Nós três não parávamos nunca. Nossas
assistentes vinham e nos arrastavam da sala. Mas daí, do carro, a gente
se mandava mensagens do celular: “Esqueci de dizer isto!”. Foi intenso.
Às vezes, para mim, esta é a mais poderosa forma de ensaio.”
“A MINA DO DINHEIRO”
“Eu faço uma mulher que lidera a missão, uma burocrata, a executiva do dinheiro.
Ela é a única personagem que não é uma crente, nem uma cientista. Você
vê que ela tem alguma coisa por trás, é bem fria. Está lá para fazer a
vida de todos um inferno. Você começa a perceber que ela está lá usando
todo mundo.”
Charlize disse que ela, Noomi e Michael tomaram a “decisão consciente” de não assistirem novamente a “Alien”.
“Mas sou fã do filme. Como você pode ser uma garota nesta indústria e não vibrar com aquele personagem [Ripley, feito por Sigourney Weaver]. Foi a primeira vez que vi uma mulher assim, tão real, tão tangível. Eu fiquei maravilhada.”
Maravilhada ela também ficou com o figurino: “Uso um terno começo do filme que é insano. A roupa é uma mistura de militar com executiva de Wall Street. É uma obra de arte. Até minha postura mudava quando eu vestia aquilo”.
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