quarta-feira, 6 de junho de 2012

"Madagascar 3" aposta no visual e em diálogos divertidos

"Madagascar 3: Os Procurados" conta exatamente a mesma história dos dois filmes anteriores (2005 e 2008), e ainda assim consegue ser divertido. A razão é simples: o carisma dos personagens e as imagens que explodem em cores (num uso muito criativo do 2D) e formas. Mesmo que o roteiro não seja muito inovador em termos de trama, a graça está mesmo em alguns dos diálogos, muito bem sacados.
Os diretores originais, Eric Darnell e Tom McGrath, contam com Conrad Vernon ("Shrek 2"), neste terceiro longa, que estreia em cópias convencionais e 3D, ambas nas versões dubladas ou legendadas. Os protagonistas também são os mesmos e a trama não muda muito, ou seja, foca no grupo de animais querendo voltar para o zoológico do Central Park de Nova York.
Os personagens estão na África e sentem-se deslocados, com saudades do conforto da cidade grande. São eles: o leão Alex (voz de Ben Stiller/Alexandre Moreno), a zebra Marty (Chris Rock/Felipe Grinnan), a girafa hipocondríaca Melman (David Schwimmer/Ricardo Juarez) e a hipopótamo Gloria (Jada Pinkett Smith/Heloisa Périssé).
A ação parece se desenvolver no piloto automático, ao menos até o momento em que entra em cena uma capitã e caçadora francesa, Chantel Dubois (Frances McDormand/Monica Rossi), que pretende colocar a cabeça do leão em sua parede.
A perseguição começa em Monte Carlo e os bichos - acompanhados dos famosos Pinguins, um grupo de macacos, um lêmure e seus escudeiros puxa-sacos - acabam encontrando abrigo com uma trupe de circo, que, descobre-se mais tarde, não tem muito talento.
Fazem parte do grupo um tigre russo, Vitali (Bryan Cranston/Mauro Ramos), uma puma italiana (Jessica Chastain/Sylvia Saluste) e um leão marinho (Martin Short/Marcos Frota), também italiano. Alex os faz acreditar que ele e seus amigos do zoológico também são de circo, assim, com os novos amigos, poderão voltar para Nova York.
Não é preciso ter visto toda a série para saber como o filme vai acabar. A boa notícia é que a falta de inventividade na história é compensada pelo visual colorido - especialmente durante as apresentações do circo, com luzes, fogos e cores vibrantes. Como os dois anteriores, esse longa funciona mais para as crianças do que para o público adulto.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

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