sábado, 23 de abril de 2011

Transtorno obsessivo-compulsivo: terapia comportamental pode aliviar as manifestações

Fazer de situações simples um ritual complexo e constante. Contar as vezes em que se tranca a porta, conferir o número de copos na estante ou lavar as mãos constantemente. O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) – especialmente quando manifestado durante a infância – muitas vezes torna-se crônico e prejudica a saúde mental do paciente na fase adulta.
Transtorno obsessivo-compulsivo: terapia cognitivo-comportamental pode aliviar as manifestações (foto: graur razvan ionut/freedigitalphotos)Lavar muito as mãos é a principal manifestação
De acordo com um estudo divulgado no periódico Deutsches Ärzteblatt International, lavar as mãos compulsivamente é a manifestação obsessivo-compulsiva mais comum em crianças e adolescentes, presente em até 87% de todos os pacientes, porém de difícil diagnóstico. Entretanto, se identificada precocemente, as chances de recuperação aumentam. De acordo com a pesquisa, a terapia comportamental pode ser mais efetiva para essa identificação do TOC do que o método mais popularizado atualmente, o psicodiagnóstico.
O psicodiagnóstico é um método científico no qual o paciente é submetido a uma série de testes psicológicos que permitem a identificação e avaliação de aspectos específicos, assim como a elaboração da melhor forma de intervenção para o paciente psicodiagnosticado. No entanto, segundo os autores, o tratamento a partir desta via é muito mais demorado.
Métodos combinados garantem a eficácia
Os métodos terapêuticos comportamentais têm se mostrado eficazes. Na terapia comportamental o paciente se depara com situações que antecedem a manifestação obsessivo-compulsiva, mas a manifestação é interrompida.Um tratamento complementar – também chamado de segunda linha – também é indicado, sendo composto de intervenção terapêutica comportamental combinada com a administração de fármacos – como os usados no tratamento de síndromes depressivas, transtornos de ansiedade e alguns tipos de transtorno de personalidade.Os autores afirmam que, mesmo após a conclusão de um período de tratamento intensivo, os pacientes ainda precisaram de psicoterapia ou terapias combinadas para evitar a repetição posterior. “O transtorno obsessivo-compulsivo é multifatorial, com fatores psicológicos, neurobiológicos e genéticos desempenhando papéis diferentes”, apontam os autores. A intervenção, portanto, também não pode ser única, mas combinada de forma a tratar a globalidade do transtorno.
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UOL/com informações da Deutsches Aerzteblatt International

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