terça-feira, 5 de junho de 2012

Em 4° remake, Vanessa Giácomo vive moderna Malvina em 'Gabriela'

Todo o elenco baseou a preparação a partir do livro, disse Vanessa Giácomo sobre o remake de 'Gabriela'. Foto: Luiza Dantas/ Carta Z Notícias/TV Press "Todo o elenco baseou a preparação a partir do livro", disse Vanessa Giácomo sobre o remake de 'Gabriela'
Foto: Luiza Dantas/ Carta Z Notícias/TV Press
Geraldo Bessa
Interpretar personagens que já foram vividos por outros atores é uma constante na carreira de Vanessa Giácomo. Em sua estreia na TV, ela foi a doce Zuca, protagonista de Cabocla, de 2006, papel que na versão original do folhetim, de 1979, tinha sido de Glória Pires. No ano seguinte, ela apareceu na pele da apaixonada Juliana, no "remake" de Sinhá Moça, personagem que pertenceu a Luciana Braga. Por fim, na segunda versão de Paraíso, produzida em 2009, Vanessa era Rosinha, papel originalmente defendido por Zaira Zambelli. "Me acostumei a ter sempre um referencial para comparar o meu desempenho. Faço a minha parte: estudo, me dedico na composição do papel e vou criando as diferenças", conta. Atualmente, prestes a participar de mais um "remake", a atriz tenta se distanciar da célebre atuação de Elizabeth Savalla para a moderna Malvina, de Gabriela, novela baseada na obra Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, exibida em 1975. Agora, o romance ganha uma nova versão, a partir do dia 19 de junho, na Rede Globo. "O processo para este trabalho foi diferente. Todo o elenco baseou a preparação a partir do livro", adianta.
Dizendo-se amiga e fã da atuação de Savalla - as duas trabalharam juntas em Morde & Assopra, no ano passado -, Vanessa não deixou sua preparação limitada apenas ao livro: pesquisou fotos da primeira versão e trocou impressões com a intérprete original. "Ela ficou muito feliz quando soube que a Malvina seria minha. É uma personagem importante para a carreira dela", conta a atriz de 29 anos, garantindo que evitou assistir cenas do folhetim de 1975 para não perder a espontaneidade para o papel. A participação em Gabriela surge em um momento onde a baianidade da mineira Vanessa está latente. Além do papel na TV, ela também será a protagonista da refilmagem de Dona Flor e Seus Dois Maridos, do diretor Pedro Vasconcellos, com previsão de estreia para 2013. "Já estava lendo os livros do Jorge e encantada com o modo que ele retrata a região e os costumes baianos. Logo depois, veio o Walcyr com esse convite. Vou vivenciar a Bahia durante o ano todo!", comemora, referindo-se a Walcyr Carrasco, autor responsável pela nova adaptação da história.
Do íntimo contato com a obra de Amado, além do mergulho na cultura baiana, o que mais chamou a atenção da atriz é o modo como o autor enxerga a figura da mulher na sociedade. "Já tinha lido alguma coisa dele nos tempos de escola. Foi um reencontro. Me impressiono com a paixão e o entendimento dele por questões bem femininas", valoriza. Na Ilhéus dos anos de 1920 retratada em Gabriela, a personagem de Vanessa funciona como o oposto da mentalidade interiorana e religiosa das outras mulheres da cidade. "Ela quer estudar, não quer casamento arranjado pelos pais, incentiva as amigas a seguirem suas paixões. É uma rebelde. Está à frente daquele tempo", define.
Para dar cara à rebeldia da personagem, Vanessa percebeu que uma drástica mudança visual seria importante. E com o novo corte de cabelo, um chanel bem curto, viu também que, pela primeira vez, iria aparecer realmente diferente na televisão. "Desde a minha estreia, eu só tive personagem de cabelos compridos. Foi uma oportunidade de diversificar e mudar por um papel expressivo", analisa a atriz, que se mostra segura para encarar um tipo de conflitos e cenas de conteúdo mais adulto. "A Malvina terá cenas bem sensuais. Vai ser um bom ensaio para o filme", diverte-se Vanessa, que começa a gravar o longa assim que terminar seu compromisso com Gabriela.

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