Do Cineweb, em São Paulo*
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Johnny Depp vive vampiro em novo filme de Tim Burton
Adaptações à parte, "Sombras da Noite" acompanha a história de Barnabas Collins (Depp), filho de um proeminente empreendedor inglês que fundou, na América, a cidade de Collinsport, em 1752. No entanto, a família não escapou de uma misteriosa maldição do Velho Mundo, concretizada pela esfuziante bruxa Angelique (Eva Green), com quem o protagonista teve um romance mas depois a trocou por outra mulher, Josette (Bella Heathcote).Vítima do próprio fogo que atiçou, Barnabas não apenas perde sua amada como é transformado em vampiro por Angelique, que, como última vingança, o sepulta, acorrentado, em um caixão. O plano era deixá-lo assim por toda a eternidade, mas a bruxa não previu que, dois séculos mais tarde, no início da década de 1970, um empreendimento imobiliário desenterraria o vampiro.
A produção encontra seu maior trunfo para concretizar seu humor nesse confronto com a nova realidade e comportamentos, em especial com hippies tardios, o rock e as novas tecnologias. Quanto mais refratário e ignorante Barnabas é diante do que o cerca, mais inventiva é a comédia.
Esse complexo novo mundo é simbolizado pelos seus descendentes em Collinsport, uma família tão perturbada quanto decadente, liderada pela matriarca Elizabeth (Michelle Pfeiffer, que pediu o papel ao diretor). Estão lá alguns dos conflitos mais interessantes provocados pela adolescente rebelde (Chloë Grace Moretz, de "Kick-Ass"), a psiquiatra bêbada (Helena Bonham Carter, na sétima participação nos filmes do marido Burton), o mordomo ranzinza (Jackie Earle Haley) e o garoto que vê fantasmas (Gulliver McGrath, de "A Invenção de Hugo Cabret").
"Sombras
da Noite" (Dark Shadows, EUA, 2012), de Tim Burton, retrata a história
do vampiro Barnabas Collins (Johnny Depp) e seus desentendimentos com
monstros, bruxas e lobisomens Divulgação
Com participações especiais do ator veterano Christopher Lee e do roqueiro Alice Cooper, como ele mesmo, "Sombras da Noite" é um trabalho entre amigos, amparado na competência de um elenco estelar. Como parceria entre Burton e Depp, talvez a nova produção pareça menor frente à primeira, "Edward Mãos de Tesoura" (1990), ou mesmo de "Ed Wood" (1994) e "Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet" (2007). Mas nunca é irrelevante, como sempre atesta o talento de Burton e Depp.
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