A senadora Marta Suplicy (PT-SP) criticou neste domingo (10) a demora
na votação do projeto que criminaliza a homofobia no país. Durante
entrevista coletiva que precedeu a abertura da 16.ª Parada do Orgulho
LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), na capital
paulista, Marta disse que é um "retrocesso" o fato de o assunto não ter
sido votado no Congresso após 16 anos de edições da Parada Gay. Neste
ano, o tema escolhido pelos organizadores foi "Homofobia Tem Cura:
Educação e Criminalização".
Marta é relatora na Comissão de Direitos Humanos do Senado do projeto de lei 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil. O projeto foi apresentado originalmente pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP) em 2001. Só no Senado a tramitação já dura seis anos.
Ao ser questionada sobre a razão da ausência no evento do pré-candidato
petista a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, Marta, vestida com
uma jaqueta de paetês prateados - "que a ocasião pede" -, foi evasiva.Perguntada se o fato de Haddad não participar da parada era um modo de
evitar perda de votos entre evangélicos, segmento do eleitorado no qual é
questionado por haver proposto o kit anti-homofobia quando era ministro
da Educação, a senadora disse: "Isso é muito sério. Temos de pensar o
que está acontecendo com a sociedade brasileira, que vive um retrocesso.
Uma força de setores conservadores que não representam a maioria da
sociedade acaba impondo essas ações e esses valores", afirmou, sem citar
diretamente Haddad.O ministério, na época de Haddad, chegou a preparar material composto
de vídeos, boletins e um caderno que trabalhava o tema do
homossexualismo em sala de aula e no ambiente escolar. A distribuição do
chamado kit anti-homofobia, no entanto, foi suspensa pela presidente
Dilma Rousseff após protestos das bancadas religiosas no Congresso.Ao lado do prefeito Gilberto Kassab (PSD) na entrevista coletiva, Marta
foi cordial ao criticar a ausência de programas de educação sexual no
ensino público municipal que preguem respeito à diversidade sexual.
"Na administração da prefeita Luiza Erundina, fui a coordenadora (dos programas de educação sexual) nas escolas de São Paulo", lembrou a ex-prefeita. "Na minha gestão, fizemos o mesmo. Comentei com o Kassab que hoje não existe mais isso e que todo esse trabalho, que inclui desde a prevenção das DST (doenças sexualmente transmissíveis) até o respeito à diversidade faz parte dos ensinamentos e tem de estar na escola", disse.
Marta é relatora na Comissão de Direitos Humanos do Senado do projeto de lei 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil. O projeto foi apresentado originalmente pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP) em 2001. Só no Senado a tramitação já dura seis anos.
A
senadora Marta Suplicy postou foto em sua página no Twitter, neste
domingo, durante a 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, na
avenida Paulista Reprodução/Twitter
"Na administração da prefeita Luiza Erundina, fui a coordenadora (dos programas de educação sexual) nas escolas de São Paulo", lembrou a ex-prefeita. "Na minha gestão, fizemos o mesmo. Comentei com o Kassab que hoje não existe mais isso e que todo esse trabalho, que inclui desde a prevenção das DST (doenças sexualmente transmissíveis) até o respeito à diversidade faz parte dos ensinamentos e tem de estar na escola", disse.
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