sexta-feira, 22 de junho de 2012

SP tem recorde histórico de chuvas em junho, diz Inmet

Instituto registrou 233,7 mm de precipitações até as 9h desta sexta (22).
Dia mais chuvoso do mês foi a quarta (20), com 46,5 mm.

Do G1 SP

O mês de junho ainda não chegou ao fim, mas já é considerado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) como o mais chuvoso em São Paulo desde o início das medições feitas pelo instituto, em 1943. Até as 9h desta sexta-feira (22), o instituto registrou 233,7 mm de chuva na capital paulista, sendo que o recorde anterior era de 1983, com 220,7 mm. A previsão de precipitação para todo o mês era de apenas 51,2 mm.
O dia mais chuvoso foi a quarta-feira (20), que registrou 46,5 mm de chuva. Até as 9h, esta sexta-feira já estava com 19,7 mm de precipitação. A previsão, porém, é que o final de semana tenha temperaturas mais amenas e tempo mais seco.
Alerta para deslizamentos
A Defesa Civil decretou estado de alerta para deslizamentos nos bairros de Guaianazes e São Mateus, na Zona Leste, Perus, na Zona Norte, e Lapa, na Zona Oeste, na manhã desta sexta. O alerta é dado quando há escorregamentos generalizados na região com chuva acumulada de 60 mm em 72 horas. Precipitações moderadas e fortes devem continuar a atingir os bairros, o que pode gerar acidentes.
A Defesa Civil também decretou estado de atenção para escorregamento nos seguintes bairros: Ipiranga, Itaquera, Jaçanã, Tremembé, Vila Maria e Vila Guilherme, Mooca, São Miguel Paulista, Sé, Pinheiros, Vila Mariana, Parelheiros, Penha, Pirituba e Jaraguá, Perus, Santo Amaro, Santana e Vila Prudente. Ainda não há deslizamentos nestas regiões, mas o acumulado de chuva está em 60 mm em 72 horas e também há previsão da continuidade delas.
Canal de umidade
Segundo o Inmet, a formação de um canal de umidade em São Paulo e na região Sul do país, atuante na capital paulista desde o início do mês, é responsável pelas chuvas constantes. Assim, as áreas de instabilidade são intensificadas pelo encontro do ar quente e úmido do Noroeste do país com o ar frio vindo do Sul.Outro fator é o aumento de temperatura dos oceanos Atlântico e Pacífico. Com as águas mais quentes, há mais evaporação e mais umidade no ar, o que provoca precipitações. Apesar de não haver El Niño, as temperaturas estão mais elevadas há aproximadamente dois meses no Pacífico, o que contribui para que as frentes frias fiquem concentradas no estado paulista.
Caso os dois fenômenos continuem durante o próximo mês, o inverno paulistano vai ser mais chuvoso do que o normal.
 

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