Se depender da opinião de telespectadores, e-mails e cartas enviadas à Globo, bem como de um grupo de pesquisa encomendado pela Globo, é bom que a emissora dê uma guinada radical na personagem de Paolla Oliveira, a Paloma de "Amor à Vida". É consenso que o script destinado à moça se transformou num dramalhão que tem causado mais irritação do que piedade por parte do público. Uma suspeita é que o autor da novela, Walcyr Carrasco, no afã de tornar cada capítulo emocionante, esteja perdendo a mão com a "mocinha " da história...
SÓ DESGRAÇA
A apelação começou logo no parto. Paloma, uma filha de milionários, deu à luz no chão de um boteco, ao lado de uma privada imunda. A criança é filha de um "porra louca", bicho-grilo e traficante de drogas que, à época, estava preso. Depois, seu irmão --a intitulada bicha má Félix (Mateus Solano)-- roubou o bebê e o atirou numa caçamba. Sem lenço, sem documento e sem filha, Paloma descobre que é bastarda (não é filha de Susana Vieira), vai atrás da mãe biológica (Lucia Veríssimo) e toma um pé na bunda. E isso é só o começo, tudo indica...
O fato é que "Amor à Vida" está sendo chamada de a mais mexicana das novelas já feitas pela Globo. Criar tanta reviravolta é uma estratégia arriscada, mas não tem resultado em estabilidade no ibope. Numa segunda, a novela marcou excelentes 39 pontos no ibope (cada ponto equivale a 62 mil domicílios). Dias depois, num sábado, marcou apenas 27 pontos --uma queda de 12 pontos. Há quem diga que Paloma está relembrando a saga sofrida de Sol (Deborah Secco), em "América" (2005), sempre a eterna sofredora. E as caras e bocas estão quase idênticas.
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