quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nova quadra da Unidos da Tijuca tem banheiro LGBT. Ativista critica

Banheiro para gays da Unidos da Tijuca tem reação negativa entre ativistas
Uanderson Fernandes
Unidos da Tijuca
Claudio nascimento: é uma ideia
de apartheid carnavalesco
O que seria uma maneira de livrar gays de preconceito no sambódromo gerou reação negativa entre ativistas LGBT. Isso porque a atual campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, a Unidos da Tijuca, reformou a quadra e trouxe entre as novidades de 2011 um banheiro exclusivo para gays.
A nota foi divulgada no jornal O DIA de terça-feira, 4, e diz ainda que o deputado federal Fernando Gabeira, do Partido Verde, é quem vai inaugurar o banheiro gay. Foram 10 meses de obras, que custaram cerca de R$1 milhão para a escola.
Ao receber a notícia, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio de Janeiro, Claudio Nascimento criticou o banheiro gay e disse que esta proposta, se aplicada, é uma “sinalização seríssima de preconceito que pode chegar a violação aos direitos humanos”, uma vez que visa separar pessoas pela sexualidade.
“Uma idéia de apartheid carnavalesco. Em épocas do passado recente, era a segregação racial, agora a teremos a  inauguraração da segregação ao homossexual?”, declarou.
De acordo com Claudio, existe uma confusão do que seja LGBT e questionou a entrada de pessoas de gêneros diferentes (como mulheres lésbicas e homens gays) no mesmo espaço (o que não ocorre entre héteros). “Essa proposta exclui, estigmatiza, extrapola o bom senso e estimula a homofobia, cristalizando uma idéia de segregação, além de retornar a períodos eugenistas de tratar a sexualidade com medidas sanitaristas. Lembram na década de 80, do surgimento da categoria ‘grupo de risco’?”
Procurado pela reportagem do Mix Brasil, o assessor da escola de samba Bruno Tenório não foi localizado.

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