quarta-feira, 4 de maio de 2011

EDUCAÇÃO FALIDA-Polícia investiga briga entre aluno e professora em universidade no Rio

Ela afirma que levou soco de estudante após discussão durante uma prova. Aluno, que é policial militar, fez registro de injúria na delegacia.

Thamine Leta Do G1 RJ

A Polícia do Rio investiga uma confusão entre a professora universitária de Direito Civil Sylvia Fairbanks e um aluno, na faculdade Unisuam de Campo Grande, na Zona Oeste. A professora acusa o estudante, que também é cabo da Polícia Militar, de ter lhe dado um soco no rosto após uma discussão na última quinta-feira (28). Já o estudante abriu um registro de injúria contra Sylvia, alegando que ela o teria chamado de burro.
Professora acusa o aluno de soco (Foto: Kléber Júnior/Agência O Globo)
Professora, com hematomas no rosto, acusa o aluno de soco (Foto: Cléber Júnior/Agência O Globo)


A briga aconteceu por volta das 18h30 de quinta, quando a professora se preparava para aplicar uma prova de Direito Civil. “Antes da prova eu checo todos os livros de Código Civil para evitar colas. O livro de dois alunos estavam com anotações indevidas. Os livros ficaram comigo, e o estudante me ameaçou, dizendo: ‘Essa p.. não funciona aqui assim, não. Se você não me devolver o meu código, você vai ver o que acontece’, levantou e me deu um soco”, contou Sylvia.Segundo ela, após a agressão, ela foi retirada da sala por sua assistente e encaminhada para a sala de professores. De acordo com a Polícia Civil, Sylvia prestou queixa na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam-Oeste), depois de passar pelo Hospital Rocha Faria, também em Campo Grande.“Metade da turma ficou a meu favor, a outra metade contra mim. Os alunos estavam revoltados porque acharam que a prova estaria difícil. Depois que ele me bateu, ele abriu as calças e mostrou a genitália. Eu não consegui ver arma de fogo, não sabia que ele era PM. Mas um aluno disse que viu que ele estava armado”, contou a professora.
Versão do estudante
De acordo com a Polícia Civil, o estudante e cabo da PM abriu um registro de injúria na 35ª DP (Campo Grande) alguns dias depois da confusão. À polícia, ele afirmou ter sido chamado de burro e disse que a professora o teria acusado de estar colando na prova. Segundo ele, os dois discutiram e ele teria tentado tirar o livro das mãos dela. Durante a confusão, ela teria caído no chão.“Eu fui ao Rocha Faria e o médico disse que eu tinha um trauma facial no lado esquerdo. Tive que fazer tudo sozinha, não tive apoio da faculdade. Eu esperava que a instituição expulsasse esse estudante, mas nem me ligaram ainda. O coordenador não concorda com as minhas atitudes”, disse.
Universidade avalia situação
O G1 entrou em contato com a Unisuam de Campo Grande. Os responsáveis informaram que o núcleo de apoio psicológico e pedagógico da instituição está avaliando a situação e, em breve, a faculdade vai divulgar uma nota sobre o assunto.Já a Polícia Militar informou que a professora supostamente agredida procurou a 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar na terça (3) para registrar o ocorrido. O caso foi encaminhado para a Corregedoria Interna da Corporação, e o cabo envolvido na confusão encontra-se exercendo funções administrativas na sua unidade até a conclusão da apuração do fato.

MP do Rio pede exumação de corpo de jovem morta após briga na escola

Morte aconteceu em julho de 2009, em Campo Grande.
Pai da colega com quem vítima brigou está preso, assim como seu cunhado.

Patrícia Kappen Do G1 RJ
Estudante morta em 2009 tamires (Foto: Reprodução/G1)Estudante foi morta em 2009, após briga em escola
(Foto: Reprodução/G1)
O corpo da jovem Tamires de Paiva Miranda, assassinada em julho de 2009 em frente à casa do namorado, quando tinha 15 anos, será exumado na tarde desta quarta-feira (4). O pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio. O crime teria sido motivado por uma briga em sala de aula, com uma colega, de 21 anos, que estaria atrapalhando a aula ao falar no telefone celular e ouvir música.O pai da menina que teria brigado com Tamires e o cunhado dele estão presos, acusados do crime. Um tio da menina permanece foragido.
De acordo com a promotora Viviane Tavares Henriques, da 2ª Promotoria do 1º Tribunal do Júri, na época da morte da estudante, o Instituto Médico-Legal não fez um exame de raio-x no corpo de Tamires. O MP não sabe, portanto, se há projéteis de outros calibres no corpo da menina, além dos que foram identificados no exame cadavérico. “Eu acusei três pessoas, mas apenas o pai assumiu a autoria do crime. Tenho testemunhas que dizem que os dois [cunhado do pai e tio da outra estudante] também participaram. O exame no corpo seria mais uma prova técnica”, afirmou a promotora, frisando que mesmo que não seja encontrado nenhum projétil no corpo, ela manterá as acusações contra os três.O namorado da colega que brigou com Tamires teve a prisão preventiva revogada. Ele teria, de acordo com o MP, assistido a ação, mas não efetuou nenhum disparo.A família da vítima não quer a exumação do corpo. A madrinha dela, Ana Cristina, vai acompanhar o processo, mas disse que ficou triste com essa informação. “Eu estou sempre lá, todo mês. Era como se fosse minha filha. Exumar o corpo dela agora será muito triste”, afirmou.
Entenda o caso
Depois da briga em sala de aula, a discussão teria continuado fora da escola e Tamires teria sido agredida pelo namorado da colega. A confusão continuou com a chegada do namorado de Tamires, que teria revidado as agressões.Segundo a polícia, após a briga na escola, Tamires foi para a casa do namorado. Pouco depois, homens foram ao local em um carro e atiraram contra o casal. O namorado de Tamires conseguiu fugir, mas ela acabou baleada.A menina ainda foi levada para o Hospital estadual Rocha Faria, em Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...