segunda-feira, 2 de maio de 2011

Médico egípcio aparece como possível sucessor de Bin Laden

Ayman al-Zawahri é considerado o cérebro da rede terrorista.
Al-Awlaki, líder da Al-Qaeda na Península Arábica, é outro nome importante.

Do G1, com agências internacionais

Com a morte de Osama bin Laden, o médico egípcio Ayman al-Zawahri aparece como possível sucessor no comando da rede terrorista  al-Qaeda. Ele é considerado o cérebro e número 2 da organização fundada por Bin Laden em 1988.
Al-Zawahri costuma aparecer nas mensagens em vídeo divulgadas pela rede terrorista. A última aparição dele com Osama foi em 2003 e, mais recentemente, pediu que muçulmanos se unissem e lutassem contra a Otan e as tropas internacionais que invadissem a Líbia ou países vizinhos nos recentes protestos pró-democracia nos países árabes.Zawahri estaria escondido nas montanhas ao longo da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.Anwar al-Awlaki, líder da Al-Qaeda na Península Arábica, é outro nome importante na hierarquia da organização terrorista. Ele é um clérigo radical nascido no estado de Novo México (EUA) e faz parte da geração de jihadistas (terroristas islâmicos) digitais que utilizam a internet para conquistar seguidores.Acredita-se que Al-Awlaki esteja escondido no sul do Iêmen e que sermões postados por ele na internet tenham inspirado novos militantes islâmicos.Outros integrantes da al-Qaeda que estão entre mais procurados atualmente pelos serviços de inteligência ocidentais:
Saif al-Adel: egípcio, de aproximadamente 50 anos, também egresso das fileiras da Jihad Islâmica, é o suposto líder do braço militar da Al-Qaeda. É acusado de participação nos atentados contra as embaixadas americanas de Nairóbi e Dar es Salaam em 1998. A recompensa por sua captura é de cinco milhões de dólares.
An War al-Aulaqi: imã radical de 39 anos, de dupla nacionalidade americana e iemenita. Não integra a Al-Qaeda formalmente, mas apoia suas ideias e convoca a jihad pela internet, onde tem granda influência. Em dezembro, o secretário americano da Justiça, Eric Holder, disse que ele representa uma ameaça tão grande quanto Bin Laden. Aulaqi buscou refúgio em uma remota província iemenita junto com membros de sua tribo.
Fasul Abdulah Mohamed: oriundo das Ilhas Comores, na faixa dos 40 anos, é o suposto chefe das redes da Al-Qeda no leste da África. Também estaria envolvido nos atentados de 1998 no Quênia e na Tanzânia e funcionaria como contato dos islamitas somalis. Figura na lista de terroristas procurados pelo FBI desde sua primeira publicação, em outubro de 2001.
Adam Yahiye Gadahn: cidadão americano, de 32 anos, convertido ao islã. Discursa frequentemente na internet em árabe e inglês para pregar a jihad contra Israel e os Estados Unidos. Washington o procura por traição e por suposta participação em "atos terroristas" com a Al-Qaeda. Uma recompensa de um milhão de dólares foi oferecida por qualquer informação que possa levar à sua captura.
Suleiman Abu Ghaith: imã kuwaitiano de 46 anos proibido de pregar em seu país pelo tom radical de seus sermões. Juntou-se a Bin Laden em 2000. Desde então, tornou-se um dos principais porta-vozes da Al-Qaeda.
Fahd Mohamed Ahmed Al Quso: iemenita de 37 anos, acusado de ser um dos organizadores do atentado contra o "USS Cole", que matou 17 americanos em 2000. Detido no Iêmen entre 2002 e 2007, suspeita-se que tenha se unido posteriormente às fileiras da Al-Qaeda na Península Islâmica (AQPA).
Abdullah Ahmed Abdulah: egípcio de aproximadamente 50 anos. Suspeita-se que tenha ajudado Saif Al Adel na implantação e organização da Al-Qaeda no leste da África. Também integra a primeira lista do FBI, com uma recompensa de cinco milhões de dólares.
Nazih Abdul Hamed Nabih al Ruqai: conhecido como Anas al Liby: líbio, de 47 anos, ex-refugiado político na Grã-Bretanha. Também suspeita-se que tenha participado dos atentados na África em 1998.
Ali Said Ben Ali el Hurie: saudita de 46 anos. É acusado de ter participado do atentado de junho de 1996 contra as torres Jobar, em Dahran (Arábia Saudita), que causou a morte de 19 militares americanos. A recompensa por sua captura é de cinco milhõees de dólares.

Veja projeções de como seria a aparência de Bin Laden em 2010

Simulações foram feitas pelo Departamento de Estado dos EUA.
Terrorista foi morto em operação no Paquistão, segundo a Casa Branca.

Do G1, com agências internacionais
O terrorista saudita Osama bin Laden foi morto em uma ação militar dos EUA, anunciou nesta segunda-feira (2) o governo americano.
Bin Laden, fundador da rede terrorista da al-Qaeda e mentor dos atentados do 11 de Setembro, era procurado pelas autoridades americanas havia quase dez anos.Em janeiro de 2010, o Departamento de Estado dos EUA divulgou projeções digitais de como Bin Laden estaria à época.
A projeção mostrava uma foto dele em abril de 1998 e duas projeções de como estaria em 2010, em versões com barba curta e comprida.

Osama bin Laden morre quase 10 anos após seu maior atentado

Em setembro de 2001 ele comandou maior ataque da história dos EUA.Líder da al-Qaeda foi dado como morto neste domingo (30).

Do G1, com informações da France Presse

torres gêmeas (Foto: Reuters)Avião sequestrado por terroristas voa em direção às torres do World Trade Center, em Nova York, após a primeira aeronave se chocar contra um dos prédios, em 2001. (Foto: Reuters)
Quatro aviões sequestrados e 19 terroristas dispostos a morrer foram suficientes para, no dia 11 de setembro de 2001, mergulhar os Estados Unidos no horror e transformar esse país até então inatingível em seu próprio solo na vítima de uma magistral operação terrorista dirigida contra os símbolos de seu poder.O mentor do ataque era Osama bin Laden, que quase dez anos após o atentado, foi dado como morto neste domingo (30).Em poucos minutos, o mais grave atentado terrorista de todos os tempos fez explodir o sentimento de invencibilidade dos norte-americanos, oito meses depois da chegada de George W. Bush à Casa Branca.
No céu ensolarado de Nova York, dois Boeing 767 sequestrados, com 92 e 65 pessoas a bordo, se espatifaram com 17 minutos de intervalo (8h46 e 9h03) contra as torres gêmeas do World Trade Center de Nova York, símbolo do capitalismo norte-americano.Às 9h43 locais, um Boeing 757 no qual viajavam 64 pessoas se lançou contra o Pentágono em Washington, sede do Ministério de Defesa norte-americano, e 30 minutos mais tarde, um Boeing 757 com 44 pessoas a bordo caiu em um campo perto de Pittsburgh (a 300 km de Washington).
Os passageiros - todos mortos - deste último enfrentaram os piratas aéreos, que tinham aparentemente como objetivo a Casa Branca ou o Congresso.O presidente Bush foi informado da tragédia quando visitava uma escola na Florida (Sudeste). "Trata-se aparentemente de um atentado terrorista", declarou 45 minutos depois do primeiro atentado.
Os aeroportos foram fechados em todo o país e o pânico se apoderou de Nova York e Washington, onde pelo temor de que a Presidência fosse atacada, o vice-presidente Dick Cheney foi levado a um bunker no subsolo da Casa Branca.
Antes dos atentados em 2001, Osama bin Laden já estava na lista dos 10 criminosos mais procurados pelos Estados Unidos. Em cartaz do FBI, líder da al-Qaeda é procurado por envolvimento em atentados contra embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia em 1999. (Foto: AP)Antes dos atentados em 2001, Osama bin Laden
já estava na lista dos 10 criminosos mais procurados pelos Estados Unidos. Em cartaz do FBI, líder da al-Qaeda é procurado por envolvimento em atentados contra embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia em 1999. (Foto: AP)
Enquanto isso, o país, petrificado, via ao vivo pela televisão a tragédia em Nova York.
As equipes de socorro, superadas pela magnitude da catástrofe, tentavam coordenar-se enquanto nos andares superiores das torres do World Trade Center, centenas de pessoas prisioneiras tentavam escapar do inferno.Alguns subiam ao telhado esperando os helicópteros, incapazes de aproximar-se devido ao calor e à fumaça. Outros empreendiam uma longa descida pelas escadas de socorro, algumas delas bloqueadas pelos escombros. Mas muitos se jogaram pelas janelas.Às 10h05, a torre sul do World Trade Center, atacada em segundo lugar, desabou em uma avalanche de fogo e poeira, lançando à morte centenas de empregados e membros de grupos de socorro. A segunda desabou 23 minutos mais tarde.Cerca de 25 mil pessoas trabalhavam nas torres de 110 andares naquela manhã de 11 de setembro de 2011. As primeiras estimativas avançaram o dramático número de 6 mil mortos. O balanço desceu progressivamente a 2.919 após meses de buscas.A zona sul de Manhattan foi enterrada sob a poeira e os escombros. Dezenas de milhares de pessoas em pânico, algumas feridas, tentavam fugir para a zona norte da cidade. As famílias buscavam desesperadamente notícias de seus parentes.
Sob o impulso de seu prefeito, Rudolph Giuliani, a quem um drama converteu em herói nacional, Nova York tentava fazer frente à catástrofe.
Andrew Card e George Bush (Foto: Reuters)Imagem de 11 de setembro de 2001: o chefe de
gabinete Andrew Card informava o presidente George Bush que um segundo avião havia sido
lançado contra as torres em Nova York.
(Foto: Reuters)
As pontes e túneis que unem Manhattan ao resto da cidade foram fechados, o então prefeito Rudolph Giuliani da cidade ordenou aos nova-iorquinos que não saíssem de casa e toda a zona sul de Manhattan, onde trablaham centenas de milhares de pessoas, foi progressivamente evacuada.
A 330 km dali, a capital federal, Washington, estava também em pânico. Os meios de comunicação informaram de um incêndio nas proximidades da Casa Branca e sobre a explosão de um carro-bomba no Departamento de Estado, desmentida mais tarde.O presidente Bush embarcou, por sua parte, em uma viagem por todo o país, da Florida até uma base aérea em Louisiana (Sul), por motivos de segurança."Não se enganem, os Estados Unidos caçarão e castigarão os responsáveis por esses atos covardes", declarou no início daquela tarde, antes de embarcar no avião presidencial Air Force One para dirigir-se a outra base aérea, esta em Nebraska, a mais de 1.600 km da capital.
No meio da tarde, a fotografia de Osama bin Laden, dado como morto neste domingo (1), chefe da rede Al-Qaeda, apa recia nas telas de televisão e foi assinalado com o suspeito de organizar os atentados.
Bush voltou finalmente pouco antes das 19h locais à Casa Branca.
Com uma expressão grave, o rosto marcado pela tragédia, o presidente falou ao país às 20h30. afirmand sua determinação de castigar os autores dos atentados."Não faremos nenhuma diferença entre os terroristas que praticaram estes atos e os que os protegerem", afirmou da sala oval da Casa Branca, evocando as "milhares" de pessoas mortes nos atentados.Poucos minutos antes da meia-noite, Giuliani anunciou que dois policiais tinham sido retirados dos escombros do World Trade Center, formando parte dos poucos sobreviventes encontrados após a queda das torres.Nova York, coroada por uma nuvem de fumaça negra visível a 50 km em torno, preparava-se para passar a noite mais dramática de sua história.

Sem saber, paquistanês tuíta sobre ação que levou à morte de Bin Laden

Sohaib Athar relatou ataque ocorrido na cidade de Abbotabad.
Ele só soube o que tinha acontecido horas depois do primeiro post.

Da Reuters

Um paquistanês morador da cidade de Abbotabad tuitou, sem saber, sobre a operação americana que levou à morte do terrorista Osama bin Laden.
Sohaib Athar, dono do perfil @ReallyVirtual no Twitter, postou sobre a aproximação dos helicópteros ao local, dizendo esperar que "não fosse o começo de nada ruim".Horas depois, o consultor de tecnologia da informação escreveu no site de microblogagem: "Uh oh, agora eu sou o cara que blogou ao vivo sobre o ataque a Osama sem saber".Antes, ele ficou várias horas especulando sobre o que teria acontecido. No começo, os twitts tinham tom bem humorado ("Uh oh, lá se vai a vizinhança"), mas depois ele percebeu a gravidade da notícia, quando foi inundado de mensagens de pessoas que tentavam contato com ele.
Reprodução do perfil de Sohaib Athar, que tuitou sobre o ataque que matou Bin Laden sem saber (Foto: Reprodução)
Reprodução do perfil de Sohaib Athar, que tuitou sobre o ataque que matou Bin Laden sem saber (Foto: Reprodução)

EUA emitem alerta para cidadãos no exterior após morte de Bin Laden

Comunicado aponta para 'aumento potencial' da violência antiamericana.Segundo departamento de Estado, aviso tem efeito até 1º de agosto.

Da AFP
O Departamento de Estado americano emitiu neste domingo um alerta global de viagens a todos os cidadãos americanos depois da morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, advertindo sobre um "aumento potencial" da violência antiamericana.
"O departamento de Estado americano alerta aos cidadãos americanos em viagem e residindo no exterior para o potencial aumento da violência antiamreicana dado as recentes atividades contraterroristas no Paquistão", afirma o comunicado.
"Dadas a incerteza e volatibilidade da atual situação, os cidadãos americanos em áreas onde recentes eventos podem causar violência antiamericana são urgentemente aconselhados a limitar seus deslocamentos de casa ou hoteis e evitar reuniões e demonstrações em massa".
O comunicado acrescenta que o aviso tem efeito válido até 1º de agosto.

Al-Qaeda deve tentar vingar a morte de Bin Laden, prevê diretor da CIA

Terrorista saudita foi morto em operação militar americana no Paquistão.Bin Laden está morto, mas a rede da al-Qaeda, não, disse Leon Panetta.

Do G1, com agências internacionais
O diretor da CIA, Leon Panetta, disse nesta segunda-feira (2) que a rede terrorista da al-Qaeda deve "quase certamente" tentar vingar a morte de Osama bin Laden.O terrorista foi morto neste domingo em uma operação militar americana no Paquistão."Apesar de Bin Laden estar morto, a al-Qaeda não está", disse o diretor da principal agência de espionagem dos EUA. "Os terroristas quase certamente vão tentar vingá-lo, e nos devemos -e vamos- permanecer vigilantes e resolutos."O Departamento de Estado dos EUA havia emitido um alerta para os cidadãos americanos fora do país, e a Interpol avisou que o risco de ataque terrorista está maior em todo o mundo.

Restos de helicóptero são movidos em área de ataque a Bin Laden

Após um tiroteio no domingo (1º), Bin Laden teria sido baleado na cabeça.Comboio com destroços da aeronave seguiu pelas ruas de Abbotabad.

Do G1, com informações da Reuters

Soldados paquistaneses transporta nesta segunda (2) os destroços cobertos de um helicóptero, próximo ao local em que moradores reportaram combates em Abbotabad, no Paquistão. (Foto: Reuters)
Soldados paquistaneses transportam nesta segunda (2) os destroços cobertos de um helicóptero, próximo ao local em que moradores reportaram combates em Abbotabad. A cidade paquistanesa foi palco do ataque neste domingo (1º) em que Osama bin Laden foi morto. (Foto: Reuters)

Morte de Bin Laden não significa fim da Al-Qaeda, diz especialista

Modelo descentralizado e inúmeras 'franquias' transformam organização em inimigo 'impalpável' e difícil de combater, afirma o estudioso Ahmed Rashid.

A morte de Osama Bin Laden é um duro golpe para a organização que ele liderava, a Al-Qaeda, mas a rede ainda possui uma grande capacidade de realizar ataques por conta de sua natureza descentralizada.
A operação realizada por soldados americanos na cidade de Abbotabad, nos arredores da capital paquistanesa, Islamabad, eliminou o maior símbolo da Al-Qaeda e o extremista mais procurado do mundo há dez anos.Entretanto, como têm apontado diversos analistas, há tempos Osama Bin Laden não é mais o comandante operacional da Al-Qaeda, responsável direto pelo planejamento dos ataques. Isto cabe ao que será agora alçado ao posto de primeiro da rede, Ayman al-Zawahiri.Expulso do Afeganistão e restringido por ataques de aviões americanos não-tripulados nas áreas tribais do Afeganistão, Bin Laden já estava em uma posição de desvantagem.Mais importante, há anos a Al-Qaeda abandonou um modelo hierárquico altamente centralizado - no qual os líderes supervisionavam diretamente todo o recrutamento, o treinamento e a distribuição das missões - para se transformar em algo muito mais amorfo e impalpável.
Hoje a filosofia da Al-Qaeda é 'um homem, uma bomba'. A rede virou uma espécie de 'franquia' que também atua através de grupos aliados ou inspirados por sua filosofia.A rede já não precisa de um segundo 11 de Setembro para deixar sua marca. Uma única bomba disposta em qualquer lugar do mundo por um suicida dedicado, desde que inspirado por Bin Laden e seus seguidores, é suficiente para indicar que a rede permanece viva e ativa.Portanto, o maior perigo da Al-Qaeda hoje não é a organização em si, mas a influência dessas 'franquias' que atuam sob seu espectro.
Capilaridade
Simpatizantes da Al-Qaeda podem receber treinamento com aliados da Al-Qaeda, como o Talebã paquistanês ou o grupo afegão liderado pelo ex-líder militar Jalaluddin Haqqani.No Paquistão, o grupo facilitador tem sido o Lashkar-e-Taiba, uma organização militar que atua no lado indiano da região fronteiriça da Caxemira. Depois de 11 de setembro de 2001, o grupo ajudou a esconder muitos líderes do alto escalão da Al-Qaeda, possivelmente até Bin Laden.Mas as autoridades paquistanesas relutam em combater o Lashkar-e-Taiba porque o grupo mantém proximidade com os serviços de inteligência paquistaneses.Além disso, o Paquistão também tem deixado à solta grupos como os liderados por Haqqani, porque atuam no Afeganistão.Na Europa, antes de 11 de Setembro não havia células da Al-Qaeda, exceto por uma na cidade alemã de Hamburgo, que esteve envolvida nos ataques às Torres Gêmeas.Hoje, porém, cada um dos países europeus tem uma célula ligada à rede. Centenas de muçulmanos com passaportes europeus são treinados no Paquistão e reenviados de volta a solo europeu.
Na semana passada, três cidadãos marroquinos foram presos na Alemanha sob acusação de planejar atentados a bomba em espaços públicos.As autoridades admitiram que mais de 200 cidadãos alemães foram treinados nas áreas tribais do Paquistão e que muitos destes voltaram para a Alemanha.
Células 'adormecidas' em situação semelhante se espalham por Grã-Bretanha, Escandinávia, França, Espanha e Itália.Neste momento, o temor de um atentado suicida em estações de trens e metrôs nos Estados Unidos e na Europa é particularmente alto, assim como em alvos militares e embaixadas ocidentais no Oriente Médio, que já são um alvo freqüente do extremismo.
Também é preocupante a possibilidade de ataques aleatórios, por exemplo, um militante que instale uma bomba em um supermercado.Alguns ataques podem ser realizados por jihadistas de longa data infiltrados nas sociedades ocidentais, segundo planos que podem estar sendo aperfeiçoados há anos.Nos Estados Unidos, as autoridades conseguiram impedir no último minuto diversos ataques desta natureza, realizados por indivíduos treinados nas áreas tribais do Paquistão.
Risco asiático
Afeganistão, Paquistão e Índia também estão particularmente sob risco de ataques organizados.
No Afeganistão, há o risco representado por grupos como o de Haqqani.No Paquistão, os últimos acontecimentos mostraram que a Al-Qaeda está bem estabelecida, apesar da negativa de várias autoridades paquistanesas, agora de forma comprovadamente infundada.Em memória a Bin Laden, a Al-Qaeda estará determinada a lançar uma campanha de ataques no Paquistão junto com seus grupos aliados. Isto elevará as tensões no país, que já passa por dificuldades econômicas e sofre com cortes no fornecimento de energia elétrica.Além disto, grupos aliados da rede podem avaliar que este é o momento mais apropriado para traçar uma divisão mais profunda entre a Índia e o Paquistão lançando um novo ataque em território indiano semelhante ao de Mumbai, em novembro de 2008.Tal ataque poderia tirar o ímpeto da busca por membros da Al-Qaeda no Paquistão.Por fim, as revoltas no mundo árabe representam um desafio e uma oportunidade para a Al-Qaeda no Oriente Médio.
Por um lado, diversos analistas viram as revoltas do mundo árabe como um enfraquecimento da Al-Qaeda, que passaram a rede no objetivo de depor regimes na região, tornando-a mais irrelevante na cena política.Por outro lado, as oportunidades estão abertas na medida em que a Al-Qaeda permanece influenciar e ganhar prestígio entre uma nova geração de líderes políticos que emergiram na Tunísia, no Egito, na Síria e nos Estados do Golfo Pérsico.Esta tarefa será muito mais difícil agora, com a morte do maior símbolo da rede.A organização extremista não desaparecerá da noite para o dia. É o futuro das 'franquias' da Al-Qaeda que determinará se as idéias de Osama Bin Laden sobreviverão à sua morte.

Site do FBI registra Bin Laden como 'morto' na lista dos mais procurados

Ação militar americana no Paquistão matou terrorista, anunciou Obama.Morte do líder da al-Qaeda ocorre quase dez anos após o 11 de Setembro.

Do G1, com agências internacionais

Página do site de 'mais procurados' do FBI (polícia federal dos EUA) mostra o terrorista Osama bin Laden como "morto" nesta segunda-feira (2). Bin Laden foi morto em uma ação militar americana no Paquistão, quase dez anos após os atentados do 11 de Setembro. (Foto: Reuters)
Página do site de 'mais procurados' do FBI (polícia federal dos EUA) mostra o terrorista Osama bin Laden como "morto" nesta segunda-feira (2). Bin Laden foi morto em uma ação militar americana no Paquistão, quase dez anos após os atentados do 11 de Setembro. (Foto: Reuters)
 

Após morte de Osama bin Laden, Talibã ameaça Paquistão e EUA

Braço paquistanês do grupo diz que autoridades locais são 'primeiro alvo'.EUA, autores do ataque que matou o terrorista, são o segundo.

Da Reuters

O braço paquistanês do Talibã ameaçou retaliar a morte de Osama bin Laden com ataques a líderes locais, inclusive o presidente Asif Ali Zardari, ao Exército do Paquistão e aos EUA.
"Atualmente no poder no Paquistão, o presidente Zardari e o Exército vão ser nossos primeiros alvos. A América vai ser nosso segundo alvo", disse o porta-voz Ehsanullah Ehsan à agência Reuters, falando de um local não revelado.O movimento fundamentalista islâmico do Talibã é aliado da rede terrorista da al-Qaeda, criada por Bin Laden.

TV paquistanesa diz que imagem do corpo de Bin Laden é falsa

Imagem já havia circulado na internet em 2009, diz diretor do canal Geo TV.Foto de rosto ensanguentado atribuída a terrorista foi exibida mais cedo.

Da France Presse

Canais de televisão do Paquistão retiraram do ar nesta segunda-feira (2) imagens do suposto corpo de Osama Bin Laden, após a divulgação de que a foto era falsa.Vários canais haviam mostrado uma imagem "não confirmada" do rosto ensanguentado de Bin Laden após os Estados Unidos terem anunciado que ele havia sido assassinado."Era uma imagem falsa, ela já havia circulado na internet em 2009", afirmou Rana Jawad, diretor do canal Geo TV de Islamabad.
A imagem exibida por TVs paquistanesas nesta segunda (2) e atribuída a Osama bin Laden (Foto: Reprodução / AP)
A imagem exibida por TVs paquistanesas nesta segunda (2) e atribuída a Osama Bin Laden (Foto: Reprodução / AP)
"Fomos checar e descobrimos que ela era falsa, então retiramos imediatamente do ar", completou.
Os canais paquistaneses mais cedo haviam mostrado o rosto de Bin Laden ostentando uma barba negra e espessa, com uma quantidade menor de cabelo branco da que havia mostrado o mais recente vídeo do terrorista ainda em vida.Também havia marcas de sangue na testa e têmporas de Bin Laden. O olho direito estava fechado, mas o branco do olho esquerdo era visível.
HelicópterosUm morador da região contou ter ouvido helicópteros sobrevoando a área antes de uma grande quantidade de tiros irromper entre a meia-noite de domingo e 1h da manhã da segunda-feira.
"As pessoas estavam dormindo. Eu ouvi barulho de helicópteros sobrevoando o céu", afirmou o homem, pedindo anonimato por estar receoso quanto a sua segurança."Eu levantei quando uma grande quantidade de tiros começou. O tiroteio continuou por algum tempo, então eu ouvi uma enorme explosão. As pessoas se levantaram e saíram de suas casas. Nós não sabíamos o que estava acontecendo".
"Ouvimos então sirenes de ambulâncias e policiais gritando. Vimos altas chamas saindo de alguns lugares. Todo mundo estava apavorado. Eu mesmo estava com muito medo"."Hoje eu vi na televisão a notícia da morte de Osama. Eu não levei meus filhos à escola. Policiais e outras forças de segurança isolaram a área e nós não estamos autorizados a sair", completou.

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