
Foto: Aloisio Mauricio/Terra
O eterno cigano Sidney Magal deixou em casa o botão de rosa e as roupas coloridas para prestigiar a pré-estreia de Happy Feet 2: O Pinguim, que aconteceu na manhã deste sábado (19), no shopping Eldorado, em São Paulo.
Responsável por dar voz ao personagem Amoroso, Magal riu bastante quando questionado sobre um possível ciúmes de Sandra Rosa Madalena, musa de sua canção mais famosa. "Não, de jeito nenhum (risos)! Inclusive porque ela já é uma senhora, tranquila, já cansou de ser cantada", comentou.
Em entrevista ao Terra, Magal comemorou o sucesso do desenho e ainda aproveitou para tecer uma crítica à produção. "Só acho um pecado que as músicas, normalmente, não serem dubladas. Isso me deixa um pouco triste. Eu gravei somente uma música, que não sei se vai entrar no filme, e adorei fazer. Todas as músicas são apresentadas em inglês. Então, a mensagem que elas têm deixam de ser transmitidas porque estão em inglês". Confira a íntegra abaixo:
Em algum momento a Sandra Rosa Madalena ficou chateada pelo fato de você a ter substituído pelo Amoroso?
Não, de jeito nenhum (risos)! Inclusive porque ela já é uma senhora, tranquila, já cansou de ser cantada, como eu costumo dizer, e de uma certa forma o Sidney Magal está um pouco no Amoroso, aquela coisa da minha voz, sempre procurar uma coisa muito espalhafatosa, que se comunique rapidamente com as pessoas e com as crianças principalmente. Eu acho que as crianças precisam mesmo que você as convença de alguma maneira. Então, eu descobri isso no Amoroso. Foi a primeira dublagem que eu fiz na minha vida, no Happy Feet 1, e eu descobri aquilo ali, me diverti, gostei e fico pedindo para que tivesse uns trinta pelo menos para eu continuar exercitando a arte de dublar.
Você se sentiu como um pinguim durante a dublagem?
Me senti. No primeiro dia que eu gravei da outra vez (em 2006), foi impressionante, estava comentando isso com o Daniel de Oliveira. A gente começa a ficar encorporado e começa a ter as mesmas atitudes dentro do estúdio. Colocamos as asinhas de lado, começa quase que a andar igual para sentir realmente o personagem. Tem gente que fala: "é viagem deles, porque é personagem de desenho animado". Mas é porque a gente sente a vibração das crianças e a gente quer passar o máximo de realidade. É muito gostoso.
Em casa, após a dublagem, você se pegou tendo atitudes "estranhas" e imitou pinguins involuntariamente?
Não, não (risos). Aí eu acho que a Sandra Rosa é mais forte, porque o Magal incorpora essa minha saída. Mas que eu comprei correndo várias cópias do filme, para presentear amigos, isso eu fiz. Fiquei muito feliz com o resultado.
Ao fazer este trabalho, você acabou se deparando com um público diferente daquele que te segue. Suas músicas têm um apelo sedutor, que cativam o público feminino. Como tem sido lidar com as crianças?
É muito bom! Não tem como descrever.
Alguma criança já reconheceu tua voz?
Às vezes tem, mas obviamente não sempre, depende muito da idade. Mas eu conheço pessoas que chegaram a mim relatando as reações de seus filhos: "mãe, eu conheço essa voz". Mas eu mudei a minha voz, deixei diferente, e mesmo assim algumas crianças reconheceram o meu timbre. Teve uma mãe que não soube explicar direito, acabou mostrando vídeos de apresentações minhas em programas de TV e o filho reconheceu. É um barato! Mas a gente não faz questão, obviamente, disso. A gente quer que o Amoroso seja o Amoroso e o Sidney Magal, seja ele próprio.
A produção é americana, mas você tem um fervor latino bem acentuado. Quanto deste sangue latino você incorporou ao personagem?
Você precisa saber que você é brasileiro, que você pode ser mais descontraído, não precisa ter tanto compromisso. Normalmente os americanos tem compromisso com uma série de coisas. A gente não. a gente vai criando e os dubladores profissionais que me apoiaram estiveram lá, deram força. Eles deixam você muito à vontade e fazem com que você se sinta realmente bem brasileiro e a gente consegue dar um toque brasileiro, que acho muito necessário. Só acho um pecado que as músicas, normalmente, não serem dubladas. Isso me deixa um pouco triste. Eu gravei somente uma música, que não sei se vai entrar no filme, e adorei fazer. Todas as músicas são apresentadas em inglês. Então, a mensagem que elas têm deixam de ser transmitidas porque estão em inglês. Acho que deveriam ser dubladas, é minha única restrição. Mas eu estou adorando trabalhar com crianças. No início da minha carreira eu fui imitado por milhares delas no Brasil, então o prazer e energia que elas me dão é inexplicável.
Responsável por dar voz ao personagem Amoroso, Magal riu bastante quando questionado sobre um possível ciúmes de Sandra Rosa Madalena, musa de sua canção mais famosa. "Não, de jeito nenhum (risos)! Inclusive porque ela já é uma senhora, tranquila, já cansou de ser cantada", comentou.
Em entrevista ao Terra, Magal comemorou o sucesso do desenho e ainda aproveitou para tecer uma crítica à produção. "Só acho um pecado que as músicas, normalmente, não serem dubladas. Isso me deixa um pouco triste. Eu gravei somente uma música, que não sei se vai entrar no filme, e adorei fazer. Todas as músicas são apresentadas em inglês. Então, a mensagem que elas têm deixam de ser transmitidas porque estão em inglês". Confira a íntegra abaixo:
Em algum momento a Sandra Rosa Madalena ficou chateada pelo fato de você a ter substituído pelo Amoroso?
Não, de jeito nenhum (risos)! Inclusive porque ela já é uma senhora, tranquila, já cansou de ser cantada, como eu costumo dizer, e de uma certa forma o Sidney Magal está um pouco no Amoroso, aquela coisa da minha voz, sempre procurar uma coisa muito espalhafatosa, que se comunique rapidamente com as pessoas e com as crianças principalmente. Eu acho que as crianças precisam mesmo que você as convença de alguma maneira. Então, eu descobri isso no Amoroso. Foi a primeira dublagem que eu fiz na minha vida, no Happy Feet 1, e eu descobri aquilo ali, me diverti, gostei e fico pedindo para que tivesse uns trinta pelo menos para eu continuar exercitando a arte de dublar.
Você se sentiu como um pinguim durante a dublagem?
Me senti. No primeiro dia que eu gravei da outra vez (em 2006), foi impressionante, estava comentando isso com o Daniel de Oliveira. A gente começa a ficar encorporado e começa a ter as mesmas atitudes dentro do estúdio. Colocamos as asinhas de lado, começa quase que a andar igual para sentir realmente o personagem. Tem gente que fala: "é viagem deles, porque é personagem de desenho animado". Mas é porque a gente sente a vibração das crianças e a gente quer passar o máximo de realidade. É muito gostoso.
Em casa, após a dublagem, você se pegou tendo atitudes "estranhas" e imitou pinguins involuntariamente?
Não, não (risos). Aí eu acho que a Sandra Rosa é mais forte, porque o Magal incorpora essa minha saída. Mas que eu comprei correndo várias cópias do filme, para presentear amigos, isso eu fiz. Fiquei muito feliz com o resultado.
Ao fazer este trabalho, você acabou se deparando com um público diferente daquele que te segue. Suas músicas têm um apelo sedutor, que cativam o público feminino. Como tem sido lidar com as crianças?
É muito bom! Não tem como descrever.
Alguma criança já reconheceu tua voz?
Às vezes tem, mas obviamente não sempre, depende muito da idade. Mas eu conheço pessoas que chegaram a mim relatando as reações de seus filhos: "mãe, eu conheço essa voz". Mas eu mudei a minha voz, deixei diferente, e mesmo assim algumas crianças reconheceram o meu timbre. Teve uma mãe que não soube explicar direito, acabou mostrando vídeos de apresentações minhas em programas de TV e o filho reconheceu. É um barato! Mas a gente não faz questão, obviamente, disso. A gente quer que o Amoroso seja o Amoroso e o Sidney Magal, seja ele próprio.
A produção é americana, mas você tem um fervor latino bem acentuado. Quanto deste sangue latino você incorporou ao personagem?
Você precisa saber que você é brasileiro, que você pode ser mais descontraído, não precisa ter tanto compromisso. Normalmente os americanos tem compromisso com uma série de coisas. A gente não. a gente vai criando e os dubladores profissionais que me apoiaram estiveram lá, deram força. Eles deixam você muito à vontade e fazem com que você se sinta realmente bem brasileiro e a gente consegue dar um toque brasileiro, que acho muito necessário. Só acho um pecado que as músicas, normalmente, não serem dubladas. Isso me deixa um pouco triste. Eu gravei somente uma música, que não sei se vai entrar no filme, e adorei fazer. Todas as músicas são apresentadas em inglês. Então, a mensagem que elas têm deixam de ser transmitidas porque estão em inglês. Acho que deveriam ser dubladas, é minha única restrição. Mas eu estou adorando trabalhar com crianças. No início da minha carreira eu fui imitado por milhares delas no Brasil, então o prazer e energia que elas me dão é inexplicável.
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