Em Londres (Inglaterra)
- Getty ImagesEstádio Olímpico de Londres recebe a cerimônia de abertura dos Jogos-2012
A bandeira que entrou errada no telão, o comentário preconceituoso que valeu a vaga olímpica e a briga por mulheres com pouca roupa acirraram os ânimos de quem acompanha os Jogos. No Brasil, todos estes temas serão atrações de diversas emissoras que, por si só, também despertam a curiosidade do público, já que a batalha entre Record e Globo estará como nunca sob os holofotes.
Confira abaixo uma lista de coisas em que você deve ficar de olho durante estes Jogos Olímpicos:
USAIN BOLT É O "CARA"
- Há quatro anos, ele chegou a Pequim como recordista mundial dos 100 m, mas estava longe de ter a atenção que Michael Phelps recebia. Agora, tudo mudou. O nadador americano já não é mais tão soberano e o jamaicano foi impressionante no atual ciclo olímpico. Não por acaso, ele é a grande estrela em Londres antes do início das Olimpíadas. Nem a ameaça do compatriota Yohan Blake o abala. Bolt estampa diversas propagandas espalhadas pela capital inglesa e está nos eventos mais concorridos. Na última quinta, teve o privilégio de ver sua imagem em uma projeção gigantesca na fachada do parlamento inglês, grande ponto turístico da cidade. Por tudo isso, ele é o atleta que mais atrai olhares em Londres, ao menos antes do início das competições.
OS OUTROS ASTROS
- Se Bolt é o maior, os outros não podem ser ignorados. A disputa entre Michael Phelps, que pode se tornar o maior medalhista olímpico da história, e Ryan Lochte anima a natação e ocupará toda a primeira semana dos Jogos. A soberania do Dream Team americano no basquete masculino com as presenças de Kobe Bryant e LeBron James, o possível retorno em grande estilo de Elena Isinbayeva no salto com vara, o ciclista da casa sir Chris Hoy e, quem sabe, Neymar no futebol, também podem roubar a cena durante a Olimpíada.
A ANIMAÇÃO DOS DONOS DA CASA
- Até agora, Londres não parece ter abraçado as Olimpíadas. Os transeuntes mais animados com os Jogos são os turistas, enquanto as pessoas da cidade torcem o nariz para o tumulto nos metrôs e nas ruas. Não por acaso existe o site “Get Ahead of The Games” (“Antecipe-se aos Jogos, em tradução livre do inglês), que ensina aos locais a fugirem do trânsito e das competições. Paralelamente, diversos patrocinadores fazem campanhas pesadas para convencer as pessoas a se integrarem às competições. Nem as boas chances do time britânico animam o público. Entre todos os atletas, quem mais se destaca é Jessica Ennis, a favorita ao ouro no heptatlo que está em diversas imagens do chamado “Team GB” pela cidade.
AS POLÊMICAS
- Em tempos de Twitter e Facebook, qualquer assunto ganha proporções enormes. Na última semana a internet se mobilizou contra Voula Papachristou, grega que perdeu a vaga olímpica após postar comentários racistas. Outros casos foram além. A gafe com a seleção feminina de futebol da Coreia do Norte, que se retirou de campo antes da estreia após ver a bandeira da Coreia do Sul no telão, chegou à cúpula política. O primeiro-ministro britãnico David Cameron ressaltou que foi falha humana, sem conotações políticas, para evitar o constrangimento diplomático. Até as roupas das meninas incomodam. Ansiosos pelas belas atletas de biquíni no vôlei de praia, os ingleses cobraram suas jogadoras em excesso. Shauna Mullin, uma das representantes do Reino Unido, deixou claro que a pressão por pouca roupa incomoda, mas garantiu que estará de biquíni caso o clima permita.
TV's EM GUERRA
- Para o brasileiro, simplesmente assistir aos Jogos pela TV será um evento. A Record tem exclusividade dos direitos de transmissão para a rede aberta, enquanto Bandsports, Sportv, ESPN Brasil e Record News brigam entre os canais fechados. A Globo, que tradicionalmente comanda o evento, já avisou que desta vez não poderá fazer uma cobertura tão ampla por motivos empresariais, e preferiu comprar um pacote internacional a usar de graça as imagens cedidas pela concorrente. Este é só o ápice de uma guerra longa, que teve direito a bate-boca pela imprensa em diferentes brigas por direitos de transmissão.
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