quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Série "Elementary" traz Sherlock Holmes nova-iorquino e Lucy Liu no papel do parceiro Watson

Ana Maria Baiana
Do UOL, em Los Angeles
  • Reprodução/IMDB
    Jonny Lee Miller é Sherlock Holmes e Lucy Liu é Joan Watson na série "Elementary"Jonny Lee Miller é Sherlock Holmes e Lucy Liu é Joan Watson na série "Elementary"
Sherlock Holmes se mudou para Nova York. Continua brilhante, excêntrico, viciado em drogas, e inglês. Mas Watson, fiel companheiro, virou mulher: médica sem licença de praticar por conta de seus excessos com remédios, ela foi colocada pelo pai milionário do rebelde Sherlock em seu apartamento com a missão de vigiá-lo e impedir que ele esbanje sua fortuna em maluquices.

Essa é a premissa de “Elementary”, a nova série da rede norte americana CBS, no ar nos Estados Unidos desde o final de setembro, provando que o detetive criado por Sir Arthur Conan Doyle em 1887 tornou-se mesmo parte do panteão atual de heróis de ação. Além de “Elementary”, Sherlock é o astro da franquia de filmes estrelados por Robert Downey Jr. e de uma série da BBC protagonizada por Benedict Cumberbatch, que coloca o detetive na Londres contemporânea.

O inglês Jonny Lee Miller é o novo Sherlock, e Lucy Liu é a doutora Joan Watson. Miller, que já foi marido de Angelina Jolie e parte do elenco do cult “Trainspotting” conhece a série premiada da BBC de Benedict Cumberbatch e garante que não há problema algum em criar mais uma versão moderna do personagem.

Sherlock sempre se sentiu desconfortável com as mulheres. Ele é inteligentíssimo, sabe tudo, mas as mulheres o deixam quase indefeso
Lucy Liu
“Eu vejo a série da BBC, sou um super fã”, Miller conta. “Sou amigo de Benedict, trabalhei com ele no teatro. Confesso que, quando o projeto me foi oferecido, tive certa relutância exatamente por conhecer a série da BBC. Primeiro quis me assegurar que era, de fato, uma perspectiva diferente. Conversei muito com Benedict e mostrei como a abordagem seria completamente diferente, como a visão do projeto era diferente.”
Já uma Dr. Watson é assunto mais complicado. “Sherlock sempre se sentiu desconfortável com as mulheres”, diz Lucy Liu. “Ele é inteligentíssimo, sabe tudo, mas as mulheres o deixam quase indefeso. Rob (Robert Doherty, criador e produtor de “Elementary”) quis explorar exatamente esse lado, introduzir no mundo de Sherlock o único elemento para o qual ele nunca está preparado. É mais um modo de sacudir e renovar a história para manter o público interessado”.
Um romance entre os dois, contudo, está for a de cogitação. “Procuramos ser fiéis à obra de Conan Doyle”, diz Liu. “Há uma amizade profunda entre Sherlock e Watson que é central na história. Não queríamos perturbar esse elemento. Ela, Joan, está definitivamente intrigada por ele, e ele tem ao mesmo tempo respeito por ela e desconforto com a proximidade dos dois. Há uma intimidade que se forma entre eles, e estou muito curiosa para ver como os roteiristas vão elaborar essa relação.”
Miller também retornou aos livros originais de Doyle para encontrar o seu Sherlock exilado em Nova York. “Tudo o que precisamos saber sobre o personagem está lá -- é uma verdadeira enciclopédia a nossa disposição. Rob Doherty nos encorajou a estudar ao máximo o texto original, coisa que ele mesmo fez para a criação da série. Dessa forma podemos focar em detalhes que estão lá, que são interessantes, mas que não foram abordados ainda por nenhuma das outras adaptações.”
Nosso fascínio pelo detetive excêntrico do século 19 se explica, diz Miller “exatamente porque ele é humano. Ele não é um super herói. Não tem poderes extraordinários. Tem, sim, uma inteligência fantástica. Acho que todos nós queríamos ser tão inteligentes quanto Sherlock. Enquanto não conseguimos, vamos acompanhando as proezas dele.”

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