terça-feira, 11 de junho de 2013

Showrunner de True Blood diz que um dos personagens principais não chegará ao fim da sexta temporada

por SARENE LEEDS

Lembra dos bons velhos tempos quando tudo que o vampiro de 175 anos Bill Compton queria era um convite para entrar na casa da garçonete com poderes telepáticos Sookie Stackhouse? A história de True Blood parecia muito simples há cinco temporadas, quando conhecemos a comunidade sobrenatural de Bon Temps, Louisiana. Mas quando a quinta temporada terminou, Bill, consumido pelo poder e pela ganância, entornou um frasco do sangue de Lilith e virou um híbrido de vampiro e Deus que a internet está chamando de "Billith", obrigando sua ex-namorada Sookie e o vampiro Eric a sair em disparada. Com a sexta temporada do drama sexy da HBO prestes a estrear, a Rolling Stone EUA conversou com o produtor executivo Brian Buckner (que também sucedeu o criador Alan Ball no cargo de showrunner) para saber o que vem por aí na trama dos nossos vampiros, lobisomens, shape-shifters, fadas e, sim, humanos sulistas. Atenção, contém spoilers O que podemos esperar da nova temporada? Bom, em termos de temática – e eu quero ser justo a todas as temporadas anteriores – eu acho que a gente faz tanta correria e matança que muito raramente paramos para falar da importância da vida. Teremos um episódio nesta temporada que se chama "Life Matters" [a vida importa, em tradução livre]. Estamos tentando lembrar as pessoas que as vidas dos humanos e também as dos vampiros dessa cidadezinha importam. Então, se perdermos alguém, vamos parar para fazer o luto e tentar contar o lado mais humano dessas histórias sobrenaturais. Essa é a missão que me propus.er por um tempo.

Sem dar nenhum spoiler, quais segredos pode revelar?
Eu posso contar porque isso já está sendo dito por aí: vocês verão Steve e Sarah Newlin de uma maneira significativa. Um dos nossos personagens principais não chegará ao fim da temporada. Como Anna [Paquin, a intérprete de Sookie Stackhouse] está mudando a vida dela – por ter se tornado mãe – estamos tentando fazer uma Sookie, mais crescida, menos ingênua. Uma Sookie que sabe que precisa de ajuda e que não fica dizendo o tempo inteiro “eu consigo fazer isso sozinha”. E uma Sookie mais sombria, para falar a verdade. Alguém com os olhos mais abertos em relação ao mundo e que se conhece melhor.
Agora que estamos na sexta temporada, como faz para manter a história inovadora e atraente?
Mudanças. Não posso falar quais, mas é algo grande. Todo mundo ama a série, mas os atores não querem mais fazer as mesmas cenas, os roteiristas não querem escrever mais as mesmas cenas. Literalmente, dando uma guinada nas coisas e mudando o eixo das pessoas – nessa série, tirando quando fazemos a leitura do roteiro ou festas de lançamento, muitos desses atores nunca trabalham juntos – então, do jeito que enxergamos as coisas, se pudermos mudar o paradigma e alguns dos relacionamentos dentro da trama, abrimos várias novas avenidas. Jason basicamente nunca teve uma cena com Pam, certo? Tem todos esses novos pareamentos e o meu trabalho, ao lado dos roteiristas, é mudar as estradas pelas quais temos guiado nas temporadas anteriores. A resposta é que, já que temos todos esses personagens, é muito fácil manter o frescor. É nesse tipo de coisa que temos que pensar e voltar um pouco para nossas raízes novelescas, lembrando que o romance importa no meio das tramas que construirmos.
Você diria que o triângulo amoroso entre Bill, Sookie e Eric ainda existe nesta temporada?
Eu acho que existe – a tensão está lá, mas eu diria que esses personagens nunca estiveram tão distantes, romanticamente. Bill e Sookie ainda estão no centro da trama. Isso ainda está lá, mas você não consegue sempre ter essas pessoas juntas. Mas o impasse é muito interessante.
Como seu papel na série mudou agora que atua como showrunner?
Antes, por muito tempo, nós mantivemos basicamente a mesma equipe, o mesmo time principal, nos primeiros cinco anos. E ninguém queria que Alan saísse. E agora eu sei realmente a razão pela qual eu não queria que ele saísse. Todo mundo conseguia produzir seus próprios episódios e trabalhar uns com os outros em um arco mais longo, mas basicamente cada um só era responsável por seus episódios. A grande diferença para mim agora é que eu tenho que ser primariamente responsável por todos eles. Eu acho que nunca tinha realmente percebido o tamanho da pressão que Alan sofria. E claro que a responsabilidade vai além de escrever. Tem a pós, tem que manter o diálogo com os atores para eles saberem em que pé estamos, para que lado vão as histórias deles. Isso pode te distrair muito. O roteiro acaba ficando por último [risos], e isso tem sido um pouco difícil. Nunca senti mais respeito pelo trabalho que Alan estava fazendo do que agora que estou meio que na cadeira dele. É um trabalho grande.
Você escreveu algum dos episódios desta temporada?
Sim, o nono, e eu me mantive presente em todos – mas não presente demais. Eu não quero fazer um desserviço a todos os nossos ótimos roteiristas. O grupo que tenho realmente mandou bem.
Como você acha que sua forma de levar a série difere da do Alan Ball?
Estou aprendendo a deixar os roteiristas terem sua própria voz. Eu acho que Alan era muito bom em deixar as pessoas fazerem o próprio trabalho. E acho que às vezes minha resposta para a pressão é controlar mais. Ele é um showrunner mais experiente. Ele sabe quando confiar e eu às vezes me tranco em uma sala [risos] e tento assumir mais trabalho. Eu sinto falta, especialmente, de tê-lo editando, porque ele era muito bom de se afastar do que foi escrito, ver o que estava lá e tratar aquilo como algo reescrito. Sinto falta dele nessa capacidade, ele era muito, muito bom.
Depois do final chocante da temporada passada, você diria que Bill perdeu totalmente sua humanidade, a esta altura, ou ainda há esperança para ele?
Eu acho que sempre tem que haver esperança para ele. Mas o arco dele durante a temporada... no primeiro episódio, [atenção, spoiler] ele pede para a Jessica se certificar de que ele não enlouqueça. Ele vai. Ele se perde, mas encontra o caminho de volta, porque o Bill tem que ser o Bill. Mas essa luta que tem acontecido com essa porção Bill que existe dentro de Bill e a porção Lilith que está no Bill... ela vai venc

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