terça-feira, 18 de março de 2014

Para alegria do fã, “CQC” se renova para continuar igual

Na estreia da sétima temporada, o “CQC” promoveu mudanças na bancada de apresentadores, lançou uma nova repórter e veio com alguns quadros novos. Nada que tenha alterado a essência da atração, o que deve ser boa notícia para os fãs. Dani Calabresa, “a Nair Bello do apocalipse”, nas palavras bem-humoradas de Marcelo Tas, estreou fazendo piada sobre a precariedade do posto de apresentador do “CQC” – o cargo já foi ocupado por Rafinha Bastos e Oscar Filho. “Estou tão feliz de estar na vaga rotativa. Aqui embaixo acho que tem o buraco do Datena: a pessoa sentou e é tragada para algum lugar”. Rafinha, agora à frente do “Agora É Tarde”, fez uma visita ao estúdio, ao vivo, para promover o seu talk show (“O Rafinha vem ai, se livrou da 'Liga', dos craqueiros e travestis”). Mas quem foi mais lembrado, ao menos por seus barulhentos seguidores no Twitter, foi Danilo Gentili, apresentador do “The Noite”, no SBT. Coube aos fãs do humorista notarem três semelhanças (“imitações”, segundo eles) entre o “The Noite” e o “CQC”. Fabio Porchat, o primeiro entrevistado de Gentili, participou da estreia do quadro “50 x 50”, ao lado de Mauricio Meirelles, no qual os dois fazem apostas absurdas.

Uma montagem sonora exibiu a presidente Dilma Rousseff “cantando” a música “Beijinho no Ombro”, tal qual o talk show havia feito com a jornalista Rachel Sheherazade. E a atriz mexicana Dulce Maria participou, igualmente, dos dois programas. Duas novidades investiram no flagrante com câmera escondida. No quadro “Os Picaretas”, o programa se propõe a mostrar como alguns golpes são aplicados. Na estreia, um ilusionista contratado pele “CQC” deu a volta em gente interessada em comprar um celular. Em “Olho por olho”, a atração quis ver se turistas vão ser enganados no Rio durante a Copa – o teste foi feito com taxistas e vendedores de praia. Ambos apresentados por Mauricio Meirelles, os dois quadros, apesar dos nomes diferentes, pareceram variações sobre o mesmo tema. Famoso antes mesmo da estreia, por ter irritado o músico Lobão, o quadro “Torcedor Vip” lembra um pouco o “Pânico”. Comandados por Ronald Rios, um grupo de figurantes grita ofensas, imitando cantos de torcida, para diferentes celebridades. A “trolagem” atingiu, na estreia, Malvino Salvador (“Corajoso, pegou a irmã do Greyce e depois engravidou!”), Narcisa Tamborindeguy (“Aqui tem um bando de louco. Tarja preta pra ela é pouco”), os jornalistas esportivos Milton Neves e Antero Greco e, por fim, Lobão – criticado por Tas pela tentativa de impedir a veiculação da piada (“afinou pro Mano Brown”). Imutável e constrangedor, continua firme no “CQC” o assédio a políticos, tentando obrigá-los a falar com os repórteres do programa. A situação chegou a níveis tensos durante o “Proteste Já”, no interior do Piauí, protagonizado por Oscar Filho, e também se repetiu no Congresso, diante do “deputado do castelo”, Edmar Moreira, que não respondeu a Guga Noblat. Em ambas as situações a eventual “denúncia'' ou “crítica'' fica em segundo plano; mais importante é a performance “corajosa'' do repórter, que afronta os “poderosos''. Naty Graciano estreou com a missão de irritar Paulo Maluf. Conseguiu isso com alguma facilidade fazendo perguntas impertinentes e ofensivas sobre sexo ao político. Foi, naturalmente, aprovada.

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