sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Número de reclamações sobre velocidade da internet cresce

Os brasileiros que pagam por uma internet de qualidade pra assistir a vídeos muitas vezes tem ficado frustrados a velocidade baixa da banda larga. O número de reclamações cresceu. Tem hora que só com muita paciência pra navegar na internet, na casa do Seu Max. O genro dele, que é especialista em telecomunicações, fez um teste. Ele usou uma ferramenta da própria operadora que oferece o serviço. O contrato é de dez megabits por segundo. Mas, aí ó, a velocidade chegou só a 3,84 megabits por segundo. E eles já reclamaram.

 “O técnico vem, faz um teste, no dia em que ele faz o teste, na hora em que ele faz o teste, fica bom. Depois, em outros momentos, a qualidade da internet começa a cair de novo”, diz especialista em telecomunicações Paulo José da Costa Cunha. Ninguém gosta de receber menos do que compra. E o que está acontecendo com o Seu Max é mais ou menos o seguinte. É como se, todo mês, ele pagasse por dez pães de queijo, mas só recebesse quatro. E muita gente já percebeu que está fazendo um mau negócio assim nos contratos com operadoras que oferecem serviços de internet. Entre 2014 e 2015, o número de usuários de banda larga fixa aumentou pouco mais de 6%. E o número de reclamações cresceu mais de 50%, de acordo com a Anatel. Uma empresa de contabilidade vive tendo atrasos, porque a velocidade da banda larga cai o tempo todo. “A opção que eu tive foi de ter duas operadoras trabalhando. Quando uma não está funcionando, eu passo pra outra. Mas acontece, às vezes, de duas não funcionarem”, comenta o contador Ronaldo Resende Moreira.

O Procon orienta o consumidor a medir a velocidade da internet toda vez que der problema e documentar o mau funcionamento. “O consumidor deve exigir da operadora o abatimento proporcional do preço. Pra isso, é importante que ele faça uma reclamação, tanto na Anatel quanto na operadora, exija o protocolo e espere o resultado com o recebimento da fatura”, diz Marcelo Barbosa, coordenador do Procon Assemb. Legislativa. Segundo a Anatel, a operadora deve garantir no mínimo 40% do que foi contratado, na velocidade instantânea. “Esses parâmetros têm caído ano após ano, e nada é feito pra atingir os parâmetros de qualidade definidos por ela”, aponta o especialista em telecomunicações. A Anatel afirmou que abre processos pra apurar falhas quando a operadora não cumpre as metas estabelecidas.

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