quinta-feira, 24 de novembro de 2016

DIRETOR DE "ELIS" ELOGIA ANDRÉIA HORTA: "CONSEGUIU TRANSMITIR A CARGA DRAMÁTICA"

Após anos de projeto e uma preparação intensa, a cinebiografia “Elis” finalmente chegou aos cinemas nesta quinta-feira (24) e a intérprete da lendária cantora Andréia Horta e o diretor Hugo Prata estiveram no Morning Show para falar mais sobre os bastidores do longa. Elogiada pelo papel, Horta passou meses estudando para entender todos os jeitos e trejeitos de Elis Regina.

A característica mais importante que a atriz carioca focou na construção de Elis foi o jeitão original que a artista transmitia, sempre com muita autenticidade nas suas opiniões. Andréia vê a cantora como uma grande pensadora, com frases e opiniões que são relevantes até os dias atuais. “O que mais me preocupava era falar como uma pensadora. Se você assiste a Elis, ela fala as coisas com uma propriedade incrível. Ela era direta, rápida e muito inteligente. Eu pensava em chegar nessa parte na minha interpretação”, contou Horta. Essa animação de uma verdadeira fã foi o que atraiu Prata a escolher a atriz de 33 anos para levar a vida da cantora para as telonas dos cinemas de todo o Brasil. Para ele, Andréia compreendeu a maneira de viver de Elis e deu a profundidade esperada para uma personalidade tão forte como a da artista. “Foi um conjunto de coisas, mas pela compreensão que a Andréia tem da personagem. A maneira como ela vê a história da Elis sempre me chamou a atenção. Nos conhecemos no início do projeto há quatro anos. Nos testes ela mostrou muita força dramática e que tinha a mesma carga dramática da Elis. A força emocional da Elis é muito profunda e a Andréia tem isso”, elogiou.

O diretor da produção revelou que os filhos de Elis, João Marcelo Bôscoli, Pedro Mariano e Maria Rita não tiveram influência alguma dentro do projeto. Prata explicou que os herdeiros da cantora deram sinal verde para que houvesse liberdade total na confecção da trama e que eles assistiram ao filme apenas após a sua conclusão. “Eles se mantiveram longe da produção para nos dar liberdade. Foram muito elegantes nessa parte. Eles viram o material pronto apenas. Sem dúvida a liberdade foi fundamental”, ressaltou Prata. A cena da morte de Elis Regina foi um dos momentos mais difíceis de se filmar, segundo Hugo. Não pela sua carga dramática, mas sim pelo tom que eles passariam. O cineasta relembrou que a queda da cantora em direção das drogas foi muito próxima da data de seu falecimento por overdose e ficou preocupado em chegar nesse ponto de forma bem abrupta. Segundo ele, foi Andréia Horta que o fez enxergar a importância de mostrar essa parte da história de uma forma inesperada, assim como aconteceu na vida real. “O filme é bem solto, mas depois para o fim fica um drama. Todas as coisas que ela foi trazendo acabaram pesando. No fim da vida dela ela se envolveu com drogas, foi oito meses antes dela morrer. Ela entrou de gaiato e cometeu um erro de amador. Foi uma dificuldade para nós, pois entramos de supetão nesse assunto”, comentou. “Foi a grande dificuldade de roteiro acertar a mão nessa parte. A Andréia sempre questionou sobre isso e defendeu que precisava ser de forma abrupta, senão não seria uma tragédia. Ela me virou e mostrou que tinha muita razão”, concluiu.

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