terça-feira, 4 de abril de 2017

O sumiço misterioso de um rapaz no Acre é a história mais intrigante do dia

Se você é uma daquelas pessoas fãs de histórias misteriosas e cheias de ocultismo, talvez fique obcecado pelo caso do sumiço de um rapaz de 22 anos em Rio Branco, no Acre. O que parecia ser apenas um caso de polícia, tem se tornado algo imensamente intrigante. Bruno Borges sumiu depois de um almoço em família, na semana passada. Preocupados, os parentes foram atrás da polícia local, que investiga o caso. A gente se solidariza com a dor da família e torce pra que tudo seja resolvido o quanto antes. O que torna essa ocorrência algo maior do que um triste desaparecimento é o fato de Bruno, antes de partir, ter deixado seu quarto assim:

Segundo seus pais declararam ao G1, Bruno é um jovem com inteligência acima da média,que leu mais de 500 livros e tem um gosto bastante peculiar por Giordano Bruno, filósofo e teólogo queimado na fogueira em 1600 ao se recusar a abrir mão de suas teorias. Entre outras coisas, Giordano defendia a infinitude do universo e sua característica de transformação constante. Para ele, Deus também é infinito – imanente e transcendente – e sem contradições, uma vez que os opostos terminam por coincidir nesse infinito Mas não é qualquer preferência filosófica, não. Bruno é tão fanático por Giordano que colocou uma estátua do filósofo em seu quarto, com um valor ainda discutido entre R$ 7 mil e R$ 20 mil.

No cômodo, aliás, não foram encontrados móveis, apenas a imagem, alguns quadros com extraterrestres e 14 livros escritos e criptografados por ele. Nas paredes, cópias de algumas páginas dos livros foram reproduzidas de forma absolutamente assimétrica e cuidadosa. Além disso, foram encontrados dezenas de símbolos que vão desde a árvore da vida, Reiki, ocultismo, símbolos de proteção e alquimia.

A irmã mais velha, Gabriela Borges, comentou o caso ao G1. Ela esteve presente com Bruno em sua casa enquanto seus pais viajavam. Eles ficaram 20 dias fora e teria sido neste período que o estudante encontrou tempo para desenvolver o cenário encontrado pelos policiais. “Ele falava que era o projeto dele, eu questionava ele porque eu, como irmã, não poderia saber o que era o projeto e ele me disse que iria me contar o que era em duas semanas. As pessoas falam porque que você não foi lá e abriu aquela porta? As pessoas têm que entender que não se tratava de uma criança, ele é um adulto e tem a privacidade dele, me incomodava, mas eu não podia arrombar a porta”, disse ela. Ela contou que Bruno chegou a deixar uma chave que relaciona letras aos símbolos e, com base nisso, os irmãos conseguiram traduzir algumas coisas. “O título de um dos livros é A teoria da absorção do conhecimento“, contou.


Segundo sua mãe, desde 2013 Bruno tem desenvolvido esse “projeto”, tendo até pedido auxílio financeiro da mãe, que negou após ele recusar dar detalhes sobre no que estava trabalhando. “Ele dizia que era secreto e não dei o dinheiro. Então, ele começou a procurar pessoas que acreditassem nele sem contar o que era o projeto. Ele só me falava que estava escrevendo 14 livros que iriam mudar a humanidade de uma forma boa. Ele me pediu um ano sem trabalhar para terminar e eu, orientada por um médico, deixei”, afirmou. O dinheiro para a compra da estátua foi doado por um primo, que é médico. Nas redes sociais, as pessoas notaram que a semelhança entre Bruno Borges e Giordano Bruno vai além do nome.

Ainda na web, as teorias são muitas e vão desde a acreditar que ele foi abduzido, até duvidar da veracidade do caso. Tem espaço pra tudo, inclusive para investigação independente. Mas é bom sempre respeitar a dor dos familiares.

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