Fotógrafo disse que recebeu até ameaças de financeira.Pessoa que for cobrada abusivamente pode entrar na Justiça Civil.
Um fotógrafo, que não quis se identificar, vendeu seu carro para o cunhado e não transferiu o nome do financiamento do veículo na hora da venda. O cunhado sofreu um acidente, ficou paraplégico e parou de pagar as parcelas. Com o acúmulo de parcelas não pagas, a financeira do veículo passou a fazer cobranças ao fotógrafo e, segundo a família, chegou até a fazer ameaças. De acordo com o Delegado do consumidor, Everton Fernandes, a cobrança abusiva é caso para a polícia resolver.
"O ideal é que a pessoa procure as três instâncias e registre o boletim de ocorrência para que a polícia apure a responsabilidade criminal da pessoa que cometeu este abuso, fazer reclamação no Procon para que o órgão possa aplicar multas à empresa e também ingresse com ação judicial contra a empresa, para buscar indenização por danos morais e materiais", explica o delegado.As financeiras normalmente terceirizam o serviço de cobrança. No momento dá cobrança, sendo a pessoa que realiza a cobrança abusiva, será ela quem vai responder pelo desrespeito ao cliente. "Cabe ao cliente ingressar com uma ação contra a empresa de cobrança e contra a financeira. A cobrança é legitima, mas existem formas de cobranças que são previstas na Lei. O que não pode ocorrer são os abusos", afirma Fernandes.No caso do fotógrafo, a Justiça determinou que as cobranças indevidas fossem proibidas com pena de multa por cada ligação feita. No final do processo, o Juiz irá decidir quanto ele irá receber de indenização pelos danos morais.O Procon afirmou que esse tipo de reclamações são poucas, neste ano, apenas seis reclamações foram registradas. "Nenhum tipo de cobrança pode causar ao consumidor constrangimento, qualquer tipo de coação ou ameaça", afirma a assessora jurídica do Procon, Elba Luchi.
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