sábado, 12 de novembro de 2011

Entidade gay repudia "ameaças de Silas Malafaia"

Ana Cláudia Barros/TERRA


Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) divulgou nota de repúdio ao que classificou de "ameaças do pastor Silas Malafaia" dirigidas a Toni Reis,foto acima, presidente da entidade.
Malafaia chamou Reis de "bandido" e "safado" e declarou que iria "arrombar", "arrebentar" o representante da ABGLT. As declarações foram feitas à revista Época, na última quinta-feira (10).
O termo "fornicar", atribuído ao membro da Igreja Vitória em Cristo na entrevista, foi refutado posteriormente por ele, que alegou ter dito "funicar" - palavra não dicionarizada -, no sentido de "ferrar". O assunto virou mote de piadas e ganhou repercussão entre internautas, figurando entre os temas mais comentados do Twitter Brasil.Na nota, o presidente da ABGLT informa que solicitou ao Ministério Público providências em relação às declarações de Malafaia à revista. Durante a entrevista, o pastor acusou Toni Reis de manipular um vídeo com um trecho de seu programa religioso na TV, suprimindo parte da gravação, o que, segundo ele, colocou sua fala fora do contexto.Reis havia encaminhado o vídeo ao Ministério das Comunicações e à procuradora geral dos Direitos do Cidadão, Gilda Carvalho, sob o argumento de que a ABGLT recebera "diversas denúncias sobre a veiculação, em rede de televisão, que funciona por meio de concessão pública, da incitação da violência à população LGBT por parte do Pastor Silas Malafaia, no qual o pastor afirma que é preciso baixar o porrete em cima, para os caras aprender (sic) a vergonha". As imagens foram vinculadas a uma reportagem sobre agressões sofridas por um um casal gay na avenida Paulista, em São Paulo. Malafaia, por sua vez, negou ter incentivado a violência à população LGBT, alegando, na entrevista à revista, que falava, na verdade, sobre a ridicularização, de acordo com ele, de símbolos católicos na Parada Gay de São Paulo, por parte de um grupo de homossexuais.
Confira a nota da ABGLT na íntegra.
Em entrevista à revista Época, da edição do dia 10/11/2011, o pastor Silas Malafaia voltou a atacar o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e, em particular, o presidente da entidade Toni Reis.
Com palavras agressivas, denotadas pelo ódio, de baixo calão, absolutamente inadequadas para um líder religioso, o pastor ameaça Toni Reis dizendo "vou arrebentar Toni Reis" ... "Vou funicar (sic) esse bandido, esse safado", o que se caracteriza numa atitude de intimidação, coerção e violência.
Essa reação descabida mostra que a ABGLT está no caminho certo ao pedir às autoridades competentes, em especial o Ministério Público, que avaliem a legalidade da permanência no ar do programa Vitória em Cristo, comandado por Malafaias.
É notória a incitação da violência contra homossexuais perpetrada por Silas Malafaia em seu programa televisivo. Boa parte de suas intervenções extrapolam o limite razoável, porque constituem-se em violações dos direitos humanos, notadamente os princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana e do pluralismo. A liberdade de expressão e a liberdade religiosa devem ser respeitadas. Porém, não devem estar acima dos demais direitos fundamentais consagrados na Constituição Federal. Canais de televisão são concessões públicas. Não podem dar guarida a conteúdos discriminatórios.O que o pastor Malafaia faz é agredir milhões de brasileiros, desqualificar seus estilos de vidas, seu modo de amar, sua afetividade e sexualidade. Trata-se de uma verdadeira cruzada que destila ódio.
Discursos discriminatórios são dispositivos que alimentam cada agressão homofóbica, cada assassinato, cada violação de direitos que acontece no Brasil. Chega de violência, chega de homofobia. Nosso total repúdio a Silas Malafaia e nosso total apoio a Toni Reis, ativista com longa trajetória em defesa dos direitos humanos no Brasil.A ABGLT já solicitou ao Ministério Público providências em relação às ameaças feitas por Malafaias na entrevista à revista Época.
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT, foi criada em 31 de janeiro de 1995, com 31 grupos fundadores. Hoje a ABGLT é uma rede nacional de 257 organizações afiliadas. É a maior rede LGBT na América Latina. A ABGLT tem status consultivo no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da ONU. A missão da ABGLT é Promover ações que garantam a cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a construção de uma sociedade democrática, na qual nenhuma pessoa seja submetida a quaisquer formas de discriminação, coerção e violência, em razão de suas orientações sexuais e identidades de gênero.

Declaração de Silas Malafaia à Revista Época vira motivo de piada

#malafaiaescolheufornicar está nos TTs do Brasil


Faz tempo que o pastor Silas Mafalaia, do ministério Vitória em Cristo, vem travando uma verdadeira batalha contra os homossexuais e as leis que  pretendem dar aos casais gays os mesmos direitos que possuem os casais heterossexuais.
Mais de uma vez as declarações do pastor em rede nacional de televisão durante seus programas foram alvos de críticas de movimentos GBLT e existem dezenas de artigos e vídeos contra ele na internet.
Um desses vídeos foi postado no Youtube fazendo uma montagem com várias declarações que  tentam associar Malafaia ao estímulo de agressões a casais homossexuais, cada vez mais frequentes  na avenida Paulista, em São Paulo.Ao longo dos 41 segundos, Mafalaia faz a seguinte declaração: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, baixar o porrete em cima”. A fala se referia a um grupo de homossexuais que, segundo ele, teriam ridicularizado símbolos católicos durante a Parada Gay de São Paulo. O vídeo também mostra uma reportagem a respeito das agressões contra um casal gay.
Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), encaminhou o material ao Ministério das Comunicações e a Gilda Carvalho, procuradora geral dos Direitos do Cidadão, pedindo que seja investigado se o material configuraria incentivo à violência e à discriminação. Toni e Malafaia são velhos conhecidos e já travaram debates públicos no rádio e na TV diversas vezes sobre essa questão.Alguns dias atrás a revista Veja afirmou que Malafaia moveria um processo contra Reis por calúnia e difamação, pois entende que o vídeo foi postado por simpatizantes da causa gay para desmoralizá-lo. Na tarde de hoje, foi publicada uma entrevista no site da revista Época onde o pastor Malafaia afirma que vai entrar com queixa crime contra Toni.  Ele afirma que a edição do vídeo no YouTube é tendenciosa e faria as pessoas concluírem que ele incita a violência a homossexuais.  O vídeo em questão teve repercussão internacional.“Nunca mandei bater em homossexual porque não sou imbecil nem idiota”, afirmou Malafaia, que ameaça: “Eu vou arrebentar o Toni Reis. Eu não tenho advogado de porta de xadrez [cadeia]. A minha banca aqui de advogados é uma das maiores que tem. Eu vou fornicar esse bandido, esse safado.” Para o pastor essa “baixaria do movimento gay é coisa de bandido e de mau caráter… Eu vou arrombar com esses…”A utilização do termo “fornicar” foi interpretada com duplo sentido por centenas de pessoas no Twitter, que passaram a afirmar que isso revelaria uma atração sexual de Malafaia por Toni Reis. Este, por sua vez, ironizou as ameaças: “Ele não faz o meu tipo. Não vou deixar ele me fornicar, embora eu goste da coisa. (Para fazer isso) vai ter de me conquistar, mas eu estou muito bem casado com um inglês. Se fizer sem eu permitir, é estupro, atentado violento ao pudor.” Em seguida, Reis lamentou: “Isso não é postura de um pastor”.O assunto rendeu durante boa parte da noite de quinta-feira, fazendo com que a hastag #malafaiaescolheufornicar ficasse está entre os Trending Topics, assuntos mais comentados do momento. A imensa maioria ironizava o pastor e fazia piada com sua postura de opositor ao movimento gay.

Mal entendido

Em seu Twitter, pastor Malafaia afirma que tudo não passou de um mal entendido do jornalista da Revista Época “Nesta guerra de manipulação de vídeo q o movimento gay fez, eu disse ao jornalista q eu ia “funicar”, e não “fornicar” como ele publicou”.“Estou falando que eu disse ‘funicar’, e não ‘fornicar’ ou ‘furnicar’”, explica o pastor que também acusa o jornalista de deturpar sua palavra a fim de o ridicularizar junto ao movimento gay e a opinião pública. Malafaia deverá abordar a questão em seu próximo programa semanal.
Ouça o áudio da entrevista:


 

Silas Malafaia disse que vai "fornicar" Toni Reis, líder da causa gay

O pastor evangélico reclama de representações contra ele feitas pelo presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT)

Em guerra com militantes da causa gay, o pastor evangélico Silas Malafaia, da Igreja Vitória em Cristo, disse que vai “fornicar”, “arrombar” e “arrebentar” Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). As declarações foram feitas em entrevista a ÉPOCA nesta quinta-feira (10). Malafaia chama Reis de “bandido” e “safado”. Diz ainda que vai entrar com queixa crime contra ele por causa da polêmica de um vídeo de 41 segundos colocado no YouTube.O vídeo em questão tenta associar uma fala de Malafaia a agressões sofridas por um um casal homossexual na avenida Paulista, em São Paulo. Malafaia aparece no vídeo fazendo a seguinte declaração: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, baixar o porrete em cima”. O pastor falava sobre um grupo de homossexuais que, segundo ele, teriam ridicularizado símbolos católicos na Parada Gay de São Paulo. Após essa fala, o vídeo mostra uma reportagem a respeito das agressões contra o casal gay. Toni Reis encaminhou o material ao Ministério das Comunicações e à procuradora geral dos Direitos do Cidadão, Gilda Carvalho, pedindo para verificar se o caso configura incentivo à violência e à discriminação.
Para Malafaia, a edição do vídeo no YouTube é tendenciosa e leva as pessoas a concluírem que ele incita a violência a homossexuais. “Nunca mandei bater em homossexual porque não sou imbecil nem idiota”, afirmou. “Eu vou arrebentar o Toni Reis. Eu não tenho advogado de porta de xadrez (cadeia). A minha banca aqui de advogados é uma das maiores que tem. Eu vou fornicar esse bandido, esse safado.” Em seguida, afirma que “baixaria do movimento gay” é “coisa de bandido” e de “mau caráter”. Depois de citar a queixa crime, diz, sem completar: “Eu vou arrombar com esses...”
Reis ironizou as declarações de Malafaia. “Ele não faz o meu tipo. Não vou deixar ele me fornicar, embora eu goste da coisa. (Para fazer isso) vai ter de me conquistar, mas eu estou muito bem casado com um inglês. Se fizer sem eu permitir, é estupro, atentado violento ao pudor.” Em seguida, sério, Reis lamentou as afirmações do pastor da Igreja Vitória em Cristo. “Isso não é postura de um pastor.”
Nota da redação da Revista ÉPOCA
Poucos minutos após ÉPOCA publicar o texto acima, o pastor Silas Malafaia divulgou mensagens no Twitter dizendo que sua declaração havia sido deturpada. "Nessa guerra de manipulação de vídeo que o movimento gay fez, eu disse ao jornalista que ia 'funicar', e não 'fornicar', como ele publicou", foi um de seus tuites. A expressão "funicar", reivindicada por Malafaia, não existe em nenhum dos quatro principais dicionários da língua portuguesa, o Aurélio, o Houaiss, o Luft e o Michaelis.

Pastor Silas Malafaia explica significado de “funicar”

Ao reclamar de representações contra ele feitas pelo presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), pastor evangélico afirma que não usou a palavra "fornicar"


O pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembléia de Deus Vitória em Cristo, afirmou, em carta enviada à revista ÉPOCA, que não usou a palavra “fornicar” na entrevista concedida e publicada ontem no site de ÉPOCA. Ele afirma ter dito “funicar”, palavra que não consta nos quatro principais dicionários brasileiros de língua portuguesa nem em dicionários de gíria consultados pela reportagem. Segundo o pastor Silas Malafaia, a palavra é uma gíria comum no Rio de Janeiro e significa “ferrar”, “arrebentar”.
Leia abaixo íntegra da resposta do pastor Silas Malafaia.
Sempre tive o maior respeito e consideração pela lisura das reportagens da revista Época, tanto é que, em agosto deste ano, dei uma entrevista ao jornalista Elizeu Junior que rendeu três páginas na publicação, com o título: Governante vai ter de dizer em que acredita. O repórter colocou minhas respostas na íntegra e respeitou inclusive o meu estilo de falar, como por exemplo: “Nego só botava coisa ruim sobre os evangélicos”. Neste contexto, a palavra nego é uma gíria. Outro exemplo: “é o mais famoso dos gays, e não tem voto, não tem porcaria nenhuma”. A palavra porcaria, nesse trecho da reportagem, também pode ser considerada uma gíria. A matéria recebeu vários elogios, e foi uma das mais comentadas no site da revista Época.
No último dia 10 de outubro, concedi novamente entrevista a essa publicação semanal. Desta vez, ao jornalista Humberto Maia. Entretanto, fiquei chocado e terrivelmente indignado com a deturpação de uma gíria que usei na minha fala. Mencionei que eu ia “funicar” Tony Reis pelo mau-caratismo ao manipular um vídeo, retirando 40 segundos de uma mensagem minha de 17 minutos e colocando minha fala fora do contexto. E esse mesmo vídeo foi usado por ele para me denunciar ao Ministério Público Federal, a fim de acusar-me de homofóbico e retirar o meu programa de TV do ar.A maneira que tenho de me defender, porque sou cidadão brasileiro e tenho meus direitos, é entrar com uma ação na justiça e incriminá-lo acerca desta baixaria. Foi com esse sentido que usei a palavra “FUNICAR”, uma gíria que significa “ferrar”, “arrebentar”. Já “FORNICAR” é uma palavra definida no dicionário como relação sexual extraconjugal, palavra esta repetidas vezes usada no Novo Testamento. Se eu como heterossexual não fornico com outra mulher porque é pecado, imagine, com um homossexual. Seria a maior piada de mau gosto do ano. O jornalista, ao tentar justificar-se, coloca a gravação da minha entrevista como nota de redação na reportagem publicada, onde todos podem constatar que não utilizo a palavra fornicar, mas sim, funicar. Ao conversar com o jornalista que fez a matéria, lembrei a ele que, quando não se conhece uma palavra, a imprensa tem a obrigação de colocar entre aspas, mesmo que a palavra seja errada ou não exista, e que, em hipótese alguma, pode colocar algo que o entrevistado não falou. O repórter apresentou suas desculpas e me pediu para que eu escrevesse a minha defesa. Muitos não concordam com o meu jeito de falar porque uso gírias, o que é um direito deles discordarem de mim, assim como também tenho o direito de usar as gírias, porque é a maneira pela qual eu me expresso para as pessoas me entenderem. Utilizo este critério até quando eu estou ministrando as minhas pregações.Espero que a revista Época continue a ser fiel ao que o entrevistado fala, mesmo quando são mencionadas palavras erradas ou gírias. Isto é um jornalismo isento e imparcial. E o Sr. Tony Reis que me aguarde. Vai ter que provar na justiça que sou homofóbico.

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