Intrínseca, a mesma de 'Crepúsculo', vai publicar 'Fifty Shades of Grey'.
Livro de autora estreante nasceu na internet e já vendeu mais de 3 milhões.
A escritora britânica E L James
(Foto: Jeffrey M. Boan/AP)
Um dos principais fenômenos do atual mercado internacional de livros,
“Fifty Shades of Grey”, primeiro volume da trilogia erótica escrita pela
estreante E L James, ganhará edição nacional em setembro, segundo
informa ao G1 a editora Intrínseca. A obra, que já
vendeu mais de três milhões de cópias, teve seus direitos de publicação
no Brasil adquiridos após “um leilão” promovido pelo agente estrangeiro
do livro, explica a assessoria de imprensa da Intrínseca, a mesma da
saga de “Crepúsculo”.
O caminho das duas trilogias, aliás, se cruza algumas vezes, seja na
usual definição do novo fenômeno como um "Crepúsculo para adultos", seja
em sua gênese: "Fifty Shades of Grey" nasceu na internet,
sintomaticamente como uma fan fiction da saga dos vampiros. Conforme indica o nome, fan fictions são tramas escritas por fãs que, inspirados em obras de sucesso, se aventuram a desenvolver suas próprias histórias.
A de E L James, depois de terminada, não tem mais nada de vampiros.
Resumida no material oficial como “erótico, divertido e profundamente
comovente”, centra-se nos personagens Anastasia Steele e Christian Grey,
que firmam um acordo pouco comum: ele pede à garota que assine uma
espécie de contrato, no qual ela concorda em desempenhar o papel de
"submissa" numa série de "atividades eróticas". Valendo-se de episódios
em que há castigos físicos, servidão e uso de brinquedos sexuais, o
enredo alcançou on-line o seu sucesso inicial: interessados baixavam-no
em iPad ou Kindle, o leitor de livros eletrônicos da Amazon. (Foto: Jeffrey M. Boan/AP)
A reação de sucesso "boca a boca" se deu pela narrativa em detalhes da relação entre Anastasia e Grey. “Quando o casal embarca num affair ousado e passionalmente físico, Anna descobre os segredos de Christian Grey e explora os seus próprios e obscuros desejos [os dela]”, diz o material oficial. O site sugere até uma “trilha sonora” para cada um dos três volumes. Para o primeiro, mistura-se, por exemplo, música clássica – “Heitor Villa-Lobos: Bachianas Brasileiras No. 5 for voice and 8 cellos: Aria (Cantilena)” – ao rock moderno, caso de “Sex on Fire”, do grupo Kings of Leon. Já na forma de livro impresso, "Fifty Shades of Grey" foi originalmente lançado em maio de 2011, por uma pequena editora independente da Austrália, conta o “New York Times”, que descreve o estilo do livro como “pornô para mamães”. O jornal também menciona a ocorrência de uma “batalha” entre editoras pelos direitos de publicar nos EUA “Fifty Shades of Grey” e suas sequências – a autora levou uma soma de sete dígitos pelos direitos de publicação de sua obra. Além disso, a Universal Pictures e a Focus Films adquiriram os direitos de filmagens. Tudo em oito meses após o modesto lançamento australiano.
Em abril, a autora fez uma turnê de divulgação
nos EUA (Foto: Jeffrey M. Boan/AP)Marketing
“Fifty Shades of Grey” ainda não tem título em português, mas já tem
tradutora. Adalgisa Campos da Silva tem em seu currículo a versão em
português de livros sobre culinária, criação dos filhos e até um guia do
filme "Lua Nova", o que reforça a ideia sobre o público-alvo do
romance.
O lançamento terá um “um plano de marketing especial”, que entra em
ação um mês antes da chegada da obra às livrarias – a edição eletrônica
sai simultaneamente. “O plano de marketing vai ressaltar muito bem: é um
livro para adultos – a gente não vai confundir públicos”, antecipa a
assessoria da Intrínseca. Tal preocupação tem o propósito de reduzir o
efeito das inevitáveis associações com “Crepúsculo”, obra essencialmente
infanto-juvenil.nos EUA (Foto: Jeffrey M. Boan/AP)Marketing
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