Em março de 2010, com o BBB10 pegando fogo por causa da presença de três gays assumidos na casa, o diretor Boninho disse à “Folha”: “Não colocamos ninguém no BBB para discutir homo ou heterofobia, minorias… Não escolhemos um personagem representando coisas. O fato de ser ou não homossexual não é para interagir no jogo. Não estou preocupado se o cara é gay ou não. Ele não vai entrar por ser gay, mas pelo que traz para a competição.”
Dez meses depois, ao comentar a saída da transexual Ariadna do BBB11, após uma passagem-relâmpago de oito dias pela casa, Boninho escreveu: “jamais imaginei que fosse diferente na hora do paredão, mas valeu falar sobre o tema.” Também escreveu: “Foi bacana a tentativa de deixar a Ariadna, a campanha baixou 7 pontos. De 56 para 49, uma vitória de quem tentou!”Momentos antes, ainda ao vivo no programa, ao receber a transexual recém-eliminada, a primeira pergunta de Pedro Bial foi: “Ariadna, você acha que a sua participação no Big Brother Brasil pode ajudar as pessoas a entenderem melhor a questão dos transexuais?”
O que aconteceu? Em qual Boninho o público deve acreditar? No que não estava nem aí para as nuvens de homofobia que sobrevoaram o BBB10? Ou no sujeito satisfeito por falar do “tema” transexualismo no BBB11? O que o levou a mudar de opinião?
Deixo a pergunta no ar porque, realmente, não sei responder.
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