Aos 7 anos, Peter ainda precisa de ajuda com as tarefas diárias
"Eu achava que tudo iria voltar (ao normal)", disse sua mãe, Rachel, sobre a perda da fala e de movimentos de Peter por consequência do AVC.Os médicos descobriram que Peter tinha artérias estreitas, então ele foi internado em um hospital por três semanas e teve de tomar remédios anticoagulantes por seis meses. Hoje, ele toma aspirina todos os dias para ajudar a afinar seu sangue.
Ajuda
Cinco anos após o derrame, Peter reaprendeu a falar e gosta de ir à escola, mas ainda precisa de ajuda em vários aspectos de sua vida."Ela lida bem com a situação", diz a mãe."Na escola, ele tem apoio individual e em casa eu tenho que ajudá-lo com qualquer coisa que necessite do uso das duas mãos, como cortar a comida dele e dar banho.""Ele usa uma tala na perna e uma tala de lycra no braço. Se não mantivermos seu pé, seu tornozelo e sua canela alinhados, ele pode ficar bem torto e pode precisar de cirurgia no futuro", diz ela.Rachel também se preocupa com os quadris e joelhos do filho, porque seu pé está sendo empurrado para uma posição anormal pela hemiplegia. Peter também tende a ficar com o punho fechado, especialmente quando está se concentrando em algo.Para evitar este tipo de problema, o menino faz muita fisioterapia para relaxar os músculos. O tratamento também inclui injeções de botox que agem como relaxante muscular.
"É preciso ajudar o cérebro a treinar novamente os músculos", explica a mãe.
Hemiplegia
A hemiplegia é causada por danos no cérebro que podem acontecer antes, durante ou logo após o nascimento de um bebê ou ainda durante a infância, em casos como o de Peter.O problema não tem cura, mas há muito que pode ser feito para minimizar os efeitos."Quando ficam mais velhas, as crianças e jovens com hemiplegia podem ser incentivados a desenvolver melhor seu lado mais fraco através da participação em esportes e hobbies", diz Jean-Pierre Lin, pediatra do Hospital Infantil Evelina, em Londres.Os efeitos colaterais da hemiplegia também podem incluir epilepsia, deficiência visual e dificuldades na fala e alguma crianças podem desenvolver problemas emocionais, de aprendizado ou de comportamento.Mas Rachel está satisfeita com o apoio que Peter tem recebido em sua escola e diz que ele não tem problemas em falar que teve um derrame."Peter tem um professor de educação física incrível que fez muitas perguntas sobre o que ele pode e não pode fazer. Ele também impede que as crianças escolham times e deixem Peter por último, por exemplo."Rachel espera que o filho consiga ter uma vida independente no futuro, mas sabe que eles terão de enfrentar dificuldades no caminho.
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