quarta-feira, 20 de abril de 2011

Menino ferido em ataque a escola em Realengo volta a ser internado

Carlos Matheus tinha recebido alta no dia 11, mas sentiu fortes dores.Ele levou dois tiros no braço e um de raspão no peito no massacre do dia 7.

DO G1 RJ

O menino Carlos Matheus, de 13 anos, ferido no ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, no dia 7 de abril, voltou a ser internado. O menino tinha recebido alta hospitalar no dia 11, mas retornou ao Hospital Albert Schweitzer, também na Zona Oeste, após sentir dores no braço, e passará a segunda noite na unidade, informou a mãe do adolescente.Ele levou dois tiros no braço esquerdo e um de raspão no peito. Carlos era amigo de dez das doze vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira.
Carlos Matheus (Foto: Patrícia Kappen/G1)
Carlos Matheus se recuperava em casa quando voltou a sentir dores e foi internado (Foto: Patrícia Kappen/G1)
A cabeleireira Carla Daniele Vilhena de Souza, mãe do menino, contou que ele não estava aguentando as dores e que, por isso, procuraram os médicos. Ela ainda não obteve resposta da equipe do hospital sobre o que está acontecendo, mas afirmou que Carlos Matheus está melhorando. "Eles não sabem a gravidade do que está acontecendo, então, estão dando remédios", disse.O G1 tentou entrar em contato com a assessoria da Secretaria estadual de Saúde, mas nenhum representante foi localizado.A mãe contou que duas balas acertaram Carlos Matheus no braço. Uma delas entrou e saiu e outra ficou alojada, mas foi retirada durante cirurgia. Um outro tiro acertou de raspão o peito do menino.Outras três vítimas ainda estão internadas em hospitais.
Alta hospitalar

No dia em que teve alta, o menino resumiu o dia de tensão na escola: "foi muito triste”. Carlos Matheus está com medo de voltar à escola. “Quero estudar, mas em qualquer outro lugar, não na Tasso. Quem me garante que isso não vai acontecer lá de novo?”.
Pais não sabem como resolver o problema
Carlos Matheus estudava há três anos no mesmo colégio, que fica a duas quadras da casa dele. Os pais não sabem como resolver o problema.
“A gente conversou com as autoridades, e eles falaram: ‘a gente transfere ele para outra escola da região’. Mas aqui não tem nenhuma escola que preste”, disse Carla Vilhena.O menino contou, ainda, que não conversou com nenhum amigo desde que teve alta do hospital. Ele conseguiu falar apenas com Renata, amiga que também estava internada no Albert Schweitzer e teve alta na sexta-feira (8). “Ela me deu boa sorte”, disse ele, que desejou ”coragem” aos amigos que ainda estão internados, “para que eles possam melhorar também”.
'Foi aterrorizante', diz mãe
Carla contou que no dia do ataque ficou sabendo pelo sogro que o filho tinha sido atingido. “Quando cheguei na escola ele já tinha ido para o hospital. Fui a primeira mãe a chegar lá. Foi aterrorizante. Mas graças a Deus a gente já está em casa".

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