sábado, 14 de maio de 2011

Aluno suspenso pela vice-diretora voltou para escola nesta sexta-feira

Mãe diz que prefere manter o menino estudando lá porque gosta da escola.Vice-diretora foi destituída do cargo mas continua atuando como professora.

Do G1 BA com informações da Tv Bahia

O aluno suspenso na última sexta-feira (06) pela vice-diretora do colégio Estadual Armandina Marques, no bairro Pau da Lima, em Salvador, voltou às aulas nesta sexta-feira (13).
Já a vice-diretora que puniu o aluno porque, segundo ela, ele estava fazendo “ousadia e indecência” com um colega, perdeu o cargo e volta a trabalhar como professora. A Secretaria da Educação entendeu que a atitude dela foi um erro.O garoto de 11 anos foi suspenso na última sexta-feira (06) pela então vice-diretora Magnólia Oliveira por causa de uma brincadeira com o colega. “Eu estava balançando a cabeça do meu colega, aí a vice-diretora perguntou se eu gostava de homem”, disse o aluno.Em uma carta enviada à mãe do menino, a ex-vice-diretora disse que ele teve um  comportamento “indecente” e perguntou se ele prefere o “sexo feminino ou masculino”. A mãe do garoto não gostou da atitude tomada pela então, vice-diretora. "Eu sei o sexo dele. Eu sei muito bem o sexo dele. Ele é uma criança. Ele só tem 11 anos, e o que eu quero é justiça”, disse.
carta suspensão (Foto: Reprodução/TV Bahia)Carta de suspensão enviada pela escola
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Hoje a Secretaria da Educação divulgou uma nota oficial considerando equivocada a atitude da professora. Ela estava nomeada como vice-diretora da Escola Estadual Armandina Marques. Por causa da suspensão aplicada ao aluno, a vice-diretora foi destituída do cargo e continuará exercendo a função de professora.
O chefe de gabinete da Secretaria da Educação, Paulo Pontes, explicou a situação: “O que ela deveria ter feito era uma reunião com a mãe da criança, ou uma primeira abordagem com as próprias crianças. Não no sentido de procurar investigar as preferências da criança. Conversar seria uma atitude mais educativa e em circunstância nenhuma deveria ser dado à suspensão das aulas para a criança”.A Secretaria de Educação diz que vai continuar apurando o caso e a funcionária pode sofrer ainda o processo administrativo disciplinar, nesse caso a pena máxima pode ser a exoneração do cargo de professora.Para a psicóloga Tânia Duplatt que trabalha com crianças e adolescentes, a ex-vice-diretora agiu de forma precipitada. “É prematuro definir que um adolescente é homossexual ou heterossexual aos 11 anos. Nós temos que aproveitar o momento para falar de respeito ao outro, de qualidade de vida e principalmente de respeito às diferenças e a diversidade”, explica.
A mãe que levou o filho para a escola nesta sexta-feira (13), pela primeira vez depois da suspensão, espera que a criança não tenha mais problemas. “Eu vou continuar com ele aí porque eu gosto da escola. Agora eu quero que a professora Magnólia não tenha mais contato com meu filho. Eu quero isso”, afirmou. 

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