Dois suecos foram condenados à prisão perpétua por operar uma rede de sexo virtual nas Filipinas, afirmaram autoridades do país nesta quarta-feira.
A Justiça do sul país determinou que Bo Stefan Sederholm, de 31 anos, e Emil Andreas Solemo, de 35, são culpados das acusações de tráfico de mulheres para o trabalho em sexo virtual.
Os suecos foram presos quando a polícia fez uma busca em um prédio comercial da cidade de Kauswagan, na ilha de Mindanao, em abril de 2009.Na ocasião, a polícia encontrou 17 filipinas nuas em frente a telas de computador, algumas delas menores de 18 anos. Elas teriam sido obrigadas a executar atos sexuais em frente a webcams para clientes do site.As mulheres receberiam 15 mil pesos filipinos (cerca de R$ 566) por mês pelos serviços.Segundo a correspondente da BBC nas Filipinas Kate McGeown, esta pode ser a primeira vez que alguém foi condenado por trabalhar na crescente indústria de sexo virtual do país.
Além dos dois suecos condenados à prisão perpétua, outros três filipinos receberam sentenças de 20 anos de prisão por ajudar Sederholm e Solemo, estabelecendo os sistemas de pagamento via internet.
Lucro
A correspondente da BBC afirma que a indústria de sexo virtual tem lucros crescentes nas Filipinas, onde há altos níveis de pobreza e uma indústria sexual já estabelecida.A polícia admite que não pode fazer muito para conter o crescimento desta indústria.As autoridades estimam que milhares podem estar trabalhando no setor de sexo virtual no país, principalmente em pequenos apartamentos que são usados para operar estas redes.Todo o sexo por meio da internet é considerado pornografia e ilegal nas Filipinas.O que mais preocupa as autoridades do país é o número de meninas que são enviadas ilegalmente a estes apartamentos e locais onde estas redes são operadas. Muitas delas estão bem abaixo dos 18 anos.
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