quinta-feira, 21 de julho de 2011

Adolescente planejou assalto que terminou em morte, diz polícia em MS

Polícia diz que garota de 15 anos queria dinheiro para morar com amigos.Mais três suspeitos de envolvimento são procurados em Campo Grande.

Do G1 MS
Delegada Alini Sinotti Lopes, da Deaij, em Campo Grande (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)Delegada da Deaij durante entrevista coletiva em
Campo Grande (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
A Polícia Civil está à procura de três pessoas – dois homens de 30 e 23 anos e um adolescente de 15 anos – que também teriam participação na morte do estudante Thiago Marques Rosa, 26 anos, assassinado no sábado (16). O plano, segundo a polícia, foi arquitetado por uma adolescente de 15 anos, que tinha intenção de conseguir dinheiro para sair de casa e morar com outros dois amigos, também menores de idade.
“A morte não foi planejada, o que foi planejado foi o roubo”, disse a delegada Aline Sinotti Lopes, da delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). O grupo identificado como participante do homicídio é formado por quatro adolescentes – duas garotas de 14 e 15 anos e dois garotos de 15 e 17 anos – e outros três rapazes (20, 23 e 30 anos).Segundo a Polícia Civil, Thiago Rosa foi escolhido aleatoriamente. O grupo precisava de uma vítima e, por um caso, o estudante de 26 anos ligou para a adolescente de 14 anos, à procura da irmã dela, com quem já teve um relacionamento. A menina resolveu marcar um encontro com ele.“Ela falou para a colega 'pode ser esse aqui'”, segundo Lopes. A delegada disse ainda que ele foi considerado um alvo por causa do carro dele, equipado com som e potentes caixas de som. “Eles acharam que ele tinha dinheiro”.O encontro foi marcado no sábado (16) em uma feira no Jardim das Meninas, região sul de Campo Grande. Como o estudante não localizou a feira, combinou de encontrar as duas jovens em uma rua do Jardim Bálsamo e, de lá, foram para a casa da adolescente de 15 anos no mesmo bairro. O plano era forjar um assalto.Segundo a polícia, a casa foi 'invadida' pelo adolescente de 17 anos e por outros dois jovens maiores de idade, um deles armado. Um dos homens ficou do lado de fora, de guarda. A delegada diz que o garoto de 15 anos emprestou a arma, mas não participou diretamente na ação. “Os outros disseram que ele não teria coragem”.
Veículo da vítima, abandonado pelos suspeitos após o roubo de R$ 30 (Foto: Ricardo Campos Jr)Veículo da vítima, abandonado pelos suspeitos
após o roubo de R$ 30 (Foto: Ricardo Campos Jr)
Thiago Rosa foi rendido, teve as mãos amarradas e foi colocado de costas. Enquanto isso, dois dos rapazes foram até o carro dele, em busca de objetos de valor. A vítima conseguiu se desamarrar e foi agredido pelo rapaz que ficou dentro da casa.De acordo com a delegada, Rosa percebeu que as meninas eram coniventes com o assalto quando uma delas foi contar vantagem. “Esse otário caiu no que nós planejamos”, relata Lopes sobre a fala da adolescente. Por isso, eles decidiram matá-lo.A vítima foi colocada no porta-malas do próprio veículo, uma caminhonete, enquanto uma das adolescentes assumia a direção. Neste momento, somente os três adolescentes foram até uma estrada vicinal no bairro Morada do Sol. Thiago Rosa foi retirado do carro. O jovem de 17 anos mandou que ele passasse a senha do cartão de banco e, em seguida, atirou no rosto do estudante.O adolescente passou a senha do cartão, por telefone, para um dos comparsas e ainda teria dito. “Agora você escuta mais três tiros” e atingiu a vítima novamente. O carro foi abandonado três quilômetros adiante. No fim, o grupo havia conseguido roubar documentos, um celular e R$ 30.A delegada Aline Lopes disse que a investigação na Deaij já foi encerrada, com a apreensão dos jovens e a identificação do único foragido, o garoto de 15 anos, dono da arma. O caso vai ser desmembrado e a prisão e indiciamento dos rapazes de 20, 23 e 30 anos ficará ao encargo da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), em Campo Grande.
Durante as investigações, a Polícia Civil apreendeu os celulares dos envolvidos no crime. Na checagem das informações dos aparelhos, foram encontradas mensagens que comprovam o relacionamento entre eles.

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