terça-feira, 9 de agosto de 2011

Maior participação dos pais na vida escolar pode evitar casos de bullying

Na Bahia, mais um caso assustou pais e alunos. Um menino de 11 anos foi espancado por 14 colegas, teve o peito machucado e o pé deslocado.

Giovana Teles Brasília



Mais um caso de bullying que assusta pais e alunos por todo o país. Um menino de onze anos foi vítima de uma agressão covarde numa escola pública em Juazeiro, na Bahia. Ele foi espancado por 14 colegas e ficou com o peito machucado e um pé deslocado. Ninguém o socorreu e agora ele não quer voltar mais para a escola. Tudo começou com uma brincadeira, onde os garotos jogavam uma latinha amassada entre as pernas.Em Brasília, outro caso. Um aluno, que tem vergonha de mostrar o rosto, foi vítima de bullying por alguns meses. Até hoje não sabe o motivo. Como não regia aos xingamentos, acabou levando um soco. “Nunca fiz nada pra provocar esse tipo de raiva. Não foi uma dor física, foi a humilhação.
Doeu muito”, conta o garoto.
Só depois da agressão física, a direção foi informada e começou uma campanha. As faixas estão por todo o colégio. Os estudantes fizeram peças, vídeos. Funcionou. “Mudou muito o comportamento dentro de sala. Alunos que sofriam bullying agora não sofrem mais”, diz a aluna Karita Betihny, 16 anos.O psicólogo Aderson Luiz Costa Júnior diz que as escolas precisam agir rapidamente e é fundamental integrar as famílias. “Não é possível reverter a situação trabalhando individualmente com a vítima. Nós precisamos da criança, da rede de apoio social que ela tem, da família, pais, da rede escolar e de todos aqueles que estão envolvidos direta e indiretamente com o problema”, diz o especialista.Em uma escola em Brasília, os pais estão ajudando a diminuir os casos de bullying e não só pelas conversas com os filhos em casa. Eles são médicos, psicólogos, advogados, promotores de justiça que organizam palestras para mostrar as consequências desses atos violentos no colégio.Uma das questões que mais impressionaram a garotada foi saber que a partir dos doze anos, eles já podem ser punidos pela justiça. “Começa pela advertência e vai até a medida mais grave, que é a de internação”, explica Adriana Sette de Menezes, promotora de justiça.

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