quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Em carta, professora baleada agradece apoio e não cita aluno

A professora Rosileide divulgou uma carta aos veículos da imprensa. Foto: Hermando Freitas/Terra A professora Rosileide divulgou uma carta aos veículos da imprensa
Foto: Hermando Freitas/Terra

Hermano Freitas /Direto de São Paulo
A professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, que foi baleada por um aluno em uma escola municipal de São Caetano do Sul (SP) na semana passada, divulgou na manhã desta quinta-feira uma carta aos profissionais da imprensa que fazem plantão em frente ao Hospital das Clínicas em São Paulo, onde ela continua internada.
No documento, Rosileide agradece à Polícia, funcionários e alunos da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão. Veja o conteúdo da carta:
Boa tarde, De acordo com o Hospital das Clínicas, existe a possibilidade de a professora receber alta ainda hoje. O depoimento que a professora prestaria à polícia nesta manhã foi cancelado. O motivo, porém, não foi divulgado. Rosileide foi submetida ontem a mais uma cirurgia no hospital e passa bem. A docente corrigiu um trauma na patela (osso de articulação com o fémur, na perna), provocado pela queda no dia do incidente. Na sexta-feira, ela passou por uma cirurgia para retirar a bala que atingiu a região do quadril.
Agradeço a Deus por estar aqui! Gostaria de agradecer a equipe do Águia da Polícia Militar que me prestaram (sic) os primeiros socorros aos professores e funcionários da escola que me ajudaram, a todos do HC pelo ótimo atendimento.
Agradeço aos alunos do Alcina e familiares pelo carinho e dedicação.
Que Deus dê força para todos nós!
Obrigada
Rosileide Q. Oliveira (Profª Rosi)

Entenda o caso
O crime aconteceu na escola que fica no bairro Mauá, por volta das 15h50 do dia 22 de setembro deste ano. O aluno, do 4º ano, disparou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, dentro da sala de aula, que era ocupada por 25 alunos. Em seguida, segundo testemunhas, o aluno se retirou da sala de aula e disparou contra a própria cabeça. O garoto chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A diretora da escola afirmou que não há registro de nenhum atrito entre a professora e o jovem. A coordenadora pedagógica da escola, Bernardete Cunha, disse que o serviço de orientação nunca recebeu a visita do menino. A polícia vai investigar agora se o pai do menino foi omisso, já que a arma do crime pertencia a ele. De acordo como o guarda, o revólver estava guardado na parte de cima de um armário. Ainda assim, ele pode ser beneficiado com o perdão judicial, dado a quem já teve um sofrimento maior do que qualquer tipo de pena aplicável pelo sistema judicial, segundo a delegada responsável pelo caso, Lucy Mastellini Fernandes.

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