segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Homossexual reconhece suspeitos de agressão na região da Av. Paulista

Marcos Paulo Villa, de 32 anos, esteve em delegacia nesta segunda (10). Polícia identificou dois suspeitos da agressão ocorrida no dia 1º de outubro.

Marcelo Mora Do G1 SP
Vítima mostra exame de fratura na perna  (Foto: Roney Domingos/ G1 )Vítima mostra exame de fratura na perna após
agressão (Foto: Roney Domingos/ G1 )
O analista fiscal Marcos Paulo Villa, de 32 anos, disse na tarde desta segunda-feira (10) que reconheceu os dois suspeitos da agressão ocorrida na região da Avenida Paulista na madrugada do dia 1º de outubro. Ele esteve na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e afirmou não ter dúvidas sobre os agressores. “Fiz o reconhecimento, são eles mesmo, as fotos estão bem nítidas.”
A Polícia Civil identificou nesta sexta-feira (7) os dois homens suspeitos de agredir Villa e o companheiro dele, um coordenador financeiro de 30 anos. “Eu quero dar os parabéns para a polícia, que conseguiu identificá-los rapidamente.  Agora depende da Justiça continuar com o caso. E que sejam criadas leis para se evitar esse tipo de crime”, pediu.Villa teve escoriações na nuca. O coordenador quebrou a perna direita na confusão e está internado num hospital com traumatismo craniano. Segundo o analista fiscal, ele deve receber alta nesta segunda-feira. “Agora é olhar para frente, cuidar do meu parceiro e cuidar de mim”, disse. Ele não quis revelar os nomes dos dois suspeitos “por respeito às famílias deles”.Segundo a polícia, a briga entre os estudantes e o casal gay ocorreu na esquina das ruas Bela Cintra e Fernando de Albuquerque após todos os envolvidos deixarem o Sonique Bar. Antes, os suspeitos tentaram paquerar duas amigas do casal gay, mas não foram correspondidos. Ao deixarem o local, as vítimas teriam dito que foram ofendidas pelos estudantes por palavras homofóbicas.
Amigos homossexuais
Um dos dois suspeitos da agressão negou nesta segunda-feira (10) que a briga tenha sido motivada por homofobia. “Não sou homofóbico, tenho amigos homossexuais”, disse. Ele aceitou falar com o G1 sob a condição de que seu nome não fosse divulgado. “Tenho sim [amigos gays], tenho na minha faculdade e próximo a minha casa. Sempre frequentei baladas GLS [Gays, Lésbicas e Simpatizantes]”, afirmou o universitário.Pela versão do jovem, ele estava conversando com a amiga dos gays quando o coordenador chegou e beijou a mulher, como se ela estivesse acompanhada. Villa nega o beijo e também diz que nenhum deles agrediu os dois suspeitos. O analista disse se sentir incomodado com o fato de os agressores continuarem em liberdade.

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