Duas adolescentes, de 16 e 17 anos, denunciaram que há cerca de um ano
eram mantidas em cárcere privado na casa de um homem de 55 anos que
também abusava sexualmente delas. Segundo as meninas, que são
homossexuais, as famílias de ambas não aceitavam o relacionamento delas
e, por isso, foram morar com o suspeito, José Sátira da Silva.O crime foi descoberto na tarde da quinta-feira (24), na cidade de
Paulista, região Metropolitana do Recife. De acordo com a garota de 17
anos, que não pôde ter o nome revelado, a falta de dinheiro para pagar
um aluguel fez com que as duas aceitassem a oferta de moradia do homem."A gente se conheceu [a menor e o suspeito] quando eu estava sem
dinheiro. Aí, ele chamou a gente para morar com ele, só que tínhamos que
fazer o que ele pedisse, senão ele colocava a gente pra fora", disse.
Ainda segundo a menor, as duas eram mantidas em cárcere privado. "Ele
não confiava em deixar a chave [da casa] com a gente. Quando ele saia, a
gente ficava trancada em casa."Apesar de consentidas, a vítima afirmou que as relações sexuais
mantidas com Sátira era "como se fossem um estupro". "Já fui estuprada
algumas vezes na minha vida [por outras pessoas], e ter relações com ele
me fazia lembrar isso." De acordo com ela, as duas se revezavam para
satisfazer o homem. "Uma semana era uma que tinha [relações], a outra
semana era a outra."
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