Crime ocorreu em 4 de maio e foi divulgado após garota ser chantageada.
Cenas circulam via bluetooth; garotos alegam que sexo foi consentido.
De acordo com Martins, que é delegado-adjunto no 72º Distrito Policial, na Vila Penteado, onde o caso foi registrado em 11 de maio, o caso do estupro só veio à tona quando a aluna decidiu contar para a mãe que estava sendo ameaçada pelos colegas. Em seu depoimento à Polícia Civil, na companhia da mãe, ela ainda afirmou que era virgem e que os oito jovens, que têm idades entre 14 e 17 anos, também abusaram sexualmente de uma amiga dela, de 15 anos. Pelo relato da vítima, ela e a colega foram raptadas na Rua Silvio Bueno Peruche por três adolescentes - um deles, um garoto de 15 anos, ex-namorado dela - que estavam num carro e levadas para uma casa, onde estavam outros cinco menores de 18 anos de idade que as embriagaram, drogaram e estupraram. Um dos supostos agressores filmou as relações com celular e distribuiu as imagens via Bluetooh para alunos da escola da vítima.“Ela disse que bebeu um líquido estranho com a amiga e as duas ficaram zonzas”, disse o delegado Luiz Martins nesta segunda-feira (21) ao G1.
Posteriormente, outros três estudantes da escola onde a vítima estuda passaram a chantageá-la exigindo sexo em troca da não divulgação das cenas na web. A outra suposta vítima de estupro, a estudante de 15 anos, ainda não foi localizada pela investigação do 72º DP para prestar esclarecimentos. Os oito adolescentes foram ouvidos junto com seus pais na delegacia e todos negaram o crime de estupro, mas confirmaram ter feito sexo com a garota de 13 anos e a filmagem das relações. “Segundo eles, a garota de 13 anos, que já teria namorado um dos oito garotos, consentiu o sexo. Mas eu tive de explicar para eles, que mesmo com consentimento, ela só tem 13 anos de idade e pelo artigo 217 do Código Penal, isso configura estupro de vulnerável”, afirmou Martins. De acordo com o delegado, o celular com o vídeo de sexo, que estava com um dos oito garotos ouvidos, foi apreendido. “Nas imagens não dá para ver o rosto da menina. Tudo indica que seja ela, mas também não dá para afirmar se houve ou não consentimento”, disse o delegado, que pediu exames na garota para tentar comprovar se ela manteve relações sexuais recentes. Como o caso envolve menores de 18 anos de idade, a Polícia Civil irá informar a Vara da Infância e Juventude para que ela tome providências. Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), adolescentes são considerados infratores quando cometem crimes. E, nesses casos, a Justiça determina medidas sócio-educativas, algumas com restrição de liberdade.
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