Em 'Didn't wanna do it', estreia solo, ela canta sobre romance com garota.
Cantora diz que gravação do vídeo foi 'selvagemente quente'; assista.
Julia Volkova conta que teve a ideia do clipe em que pessoas de diferentes orientações sexuais "se fundem em uma só". Ela também fala sobre Katy Perry, Britney Spears, Madonna, mulheres brasileiras e sua relação com a bissexualidade: "Em geral, eu sempre estou confortável com isso. Acho difícil quando não tenho ninguém para amar".
Julia, de branco, no clipe de "Didn´t wanna do it" (Foto: Reprodução)
G1 - Você escreveu o roteiro do vídeo?Julia - O clipe foi minha ideia, a praia no vídeo está cheia de pessoas diferentes com todos os tipos de orientações sexuais, e no fim nós todos nos fundimos em um só. Lena Kiper, autora das letras de “All the things she said” e “Not gonna get us” me ajudou com o clipe.
G1 - Como foram as gravações, especialmente das cenas mais picantes?
Julia - Nós filmamos em Cuba, onde estava selvagemente quente e úmido, mas foi legal. Estávamos todos suados e quentes, dá pra ver isso no vídeo!
G1 - É difícil para você lidar com a bissexualidade? Sente-se pressionada a "se decidir" entre homo e heterossexual?
Julia - Na verdade não. Em geral, eu sempre estou confortável com isso. Acho difícil quando não tenho ninguém para amar. O amor é o coração e a alma, apenas o que você sente. E você nao pode condenar ninguém baseado em quem a pessoa ama.
G1 - Quando você engravidou, algumas pessoas te acusaram de mentir sobre sua opção sexual. Agora você está cantando de novo sobre amor pelo mesmo sexo. Sente que está saindo do armário outra vez?
Julia - Não, eu sempre disse que amo homens e mulheres, e canto sobre o que penso e sinto. Nada mudou em relação a isso. Se o público entendeu algo diferente, eu não senti isso.
Julia Volkova em cena do novo clipe (Foto: Reprodução)
G1 - Você já falou com seus dois filhos sobre amor por pessoas do mesmo sexo? Como pretende lidar com esse tema como mãe?Julia - Meus filhos são minha vida e a família é minha prioridade. Agora estou apaixonada e esse é meu foco. Com algumas garotas pode ser um flerte, um mini-romance - mas agora não é nada mais que isso.
G1 - Qual foi sua reação quando ouviu “I kissed a girl” de Katy Perry pela primeira vez?
Julia - Eu acho difícil comparar as coisas – no caso, nossa música com a da Katy Perry. Todos são diferentes e particulares mesmo que os assuntos sejam iguais! Britney e Madonna se beijaram na MTV depois que nosso vídeo já era famoso. Isso foi legal!
G1 - Você já veio muitas vezes ao Brasil. O que acha do país e das mulheres daqui?
Julia - Eu amo a América Latina, não só o Brasil. Amo todos os meus fãs aí e as mulheres têm formas muito bonitas.
G1 - Qual foi a importância do t.A.T.u em sua vida? E para a música pop, na sua opnião?
Julia - O t.A.T.u. foi minha vida! Eu vivi e respirei esse projeto por dez anos. O que posso dizer é que que Ivan [Shapovalov, produtor que formou a dupla] estava muito inspirado quando começou esse projeto. As portas do mundo se abriram para nós e pudemos ajudar muitas pessoas que estavam com medo de seus próprios sentimentos e emoções. O amor nunca está errado.
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