Quase 30% dos adolescentes enviam fotos com nudez nos EUA

Prática do 'sexting' é maior que o imaginado, dizem pesquisadores.
Estudo entrevistou mil estudantes de escolas no Texas.

Do G1, em São Paulo

Os adolescentes norte-americanos estão praticando mais “sexting” –ato de enviar imagens sensuais por meios eletrônicos-- do que o esperado, segundo um estudo do setor de medicina da Universidade do Texas publicado nesta segunda-feira (2). Os pesquisadores descobriram que quase 30% dos perguntados enviavam fotos em que estão nus por e-mail ou mensagem de texto.
Os pesquisadores entrevistaram quase mil estudantes de sete escolas de ensino médio no Texas e descobriram que mais da metade deles já havia recebido um pedido para enviar foto de nudez por meios eletrônicos. Outro um terço já havia feito o pedido.
As taxas obtidas na pesquisa foram consideradas mais altas do que outras pesquisas disponíveis na internet atualmente. Os autores afirmam que as descobertas recentes são baseadas em uma amostra mais diversa e ampla do que os estudos anteriores e trazem um retrato mais preciso do comportamento dos adolescentes nos Estados Unidos.
“Pelo que parece, o 'sexting' é a versão mais moderna do ‘me mostre o seu que eu te mostro o meu’”, disse Jeff Temple, professor assistente envolvido no estudo. “Mas descobrimos que os adolescentes geralmente ficam incomodados com o pedido de envio de fotos nuas. Praticamente, todas as garotas se disseram incomodadas.”
A pesquisa também avaliou a associação entre o sexting e outras atividades sexuais. De acordo com o estudo, garotas adolescentes que praticam o sexting tinham a maior chance de ter comportamentos sexuais considerados "de risco", como parceiros múltiplos e o uso de drogas ou álcool antes do sexo.
“Pediatras, criadores de políticas, escolas e pais não têm informação suficiente sobre a natureza e a importância do sexting entre os adolescentes”, afirma Temple.