quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Marinha culpa cinco pessoas por morte de menina por jet ski

Os pais de Grazielly Almeida Lames chegam ao Fórum de Bertioga, onde aconteceu a primeira audiência
Os pais de Grazielly Almeida Lames chegam ao Fórum de Bertioga, onde aconteceu a primeira audiência
Um inquérito administrativo aberto pela Marinha responsabiliza cinco pessoas pela morte de Grazielly Lames, 3, atropelada por um jet ski desgovernado no sábado de Carnaval, após a partida ter sido dada por um adolescente de 13 anos. A informação foi dada pela tenente Roberta Lopes Antônio, da Capitania dos Portos. Ela e mais 18 testemunhas prestaram depoimento na quarta-feira (22) no Fórum de Bertioga, na primeira audiência sobre o caso.
A tenente informou que a investigação do caso pela Marinha já foi concluída em um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), e que o processo foi encaminhado ao Tribunal Marítimo. São responsabilizados pela tragédia: o empresário José Augusto Cardoso Filho, padrinho do adolescente e proprietário do veículo; Thiago Veloso, dono da marina; o mecânico Aílton Bispo de Oliveira, responsável pela manutenção; a madrinha do menino, Ana Júlia Campos Cardoso, e a mãe do acusado, que não teve o nome divulgado.
Todos negam responsabilidade no caso. As penas previstas vão da aplicação de uma multa até a cassação da habilitação para conduzir veículos aquáticos.
Os três primeiros já foram indiciados pela polícia por homicídio culposo (sem intenção). Outro acusado é o caseiro, Elivaldo de Moura, que teria ajudado o menino a levar o jet ski até a praia. Já os dois adolescentes envolvidos poderão ser submetidos a medidas socioeducativas.
Ontem, o relato mais emocionado foi o da mãe de Grazielly, Cirleide Rodrigues Lames, de 24 anos. Ela denunciou a demora de 40 minutos para a chegada dos paramédicos e a falta de estrutura do Hospital Municipal de Bertioga, cidade onde aconteceu a tragédia. Cirleide também criticou o atendimento na Praia de Guaratuba. A menina chegou a ser socorrida em um helicóptero da PM. "Se fosse um lugar mais bem estruturado, talvez minha filha fosse salva." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Entenda o caso

Grazielly visitava o mar pela primeira vez e brincava com sua mãe na área rasa da praia quando o jet ski a atropelou, atingindo sua cabeça. Ela sofreu traumatismo craniano e foi levada de helicóptero para o Hospital Municipal de Bertioga, mas já chegou ao local sem vida.
O adolescente suspeito de estar pilotando o jet ski na hora do acidente fugiu do local sem prestar socorro. O acidente aconteceu no dia 18 de fevereiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...