sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O VINGADOR DO FUTURO-Longa mostra futuro inspirado em favelas

RODRIGO SALEMENVIADO ESPECIAL A CANCÚN
Em tempos de crise, qualquer truque serve para vender um filme. O remake de "O Vingador do Futuro" que o diga.
Há poucas semelhanças entre ele e o original dirigido por Paul Verhoeven ("RoboCop") e estrelado por Arnold Schwarzenegger em 1990.
Não temos uma viagem para Marte e mutantes esquisitos. Não há o humor ácido do cineasta holandês.
Ficaram a prostituta com três peitos, uma das marcas do anterior, e a premissa baseada do conto de Philip K. Dick, autor que inspirou
"Blade Runner" (1982) e "Minority Report" (2002): um homem entra em uma empresa que promete realizar suas maiores fantasias.
Divulgação
Colin Farell protagoniza o remake de "O Vingador do Futuro"
Colin Farell protagoniza o remake de "O Vingador do Futuro"
"O tom do filme é diferente, não há muito humor", adianta Colin Farrell, que assume o papel que foi de Schwarzenegger.
O novo "O Vingador do Futuro" --que poderia ter novo título, já que a tradução dada a "Total Recall" se aproveitava do sucesso de "O Exterminador do Futuro"-- se passa em um futuro apocalíptico no qual a Terra só é habitável na Inglaterra (nobres) e na Austrália (operários).
Como não há espaço para novas casas, o mundo criado pelo diretor Len Wiseman é vertical. "A inspiração veio das favelas brasileiras e de outras habitações pelo mundo", revela. Se o cenário rende os efeitos especiais mais impressionantes do ano, o roteiro é difícil de engolir.
"Apesar de todas as cenas de ação, efeitos e lutas, o filme foi uma experiência íntima", conta Farrell, que retorna aos blockbusters --dos quais estava afastado desde "Miami Vice" (2006)-- com credibilidade restaurada por longas menores como "Na Mira do Chefe" (2008) e "Coração Louco" (2009).
"Recusei filmes gigantes que me dariam muito dinheiro, mas que não eram certos para mim", confessa o astro.
"Não me arrependo de nada, porque produções gigantes não me atraem. Eu teria matado para fazer 'O Artista'."
Não se espante, Farrell é brutalmente honesto sobre sua carreira. Quando a reportagem da Folha pergunta se a razão de ter deixado os blockbusters de lado foi o fracasso de "Alexandre" (2004), ele não se esquiva.
"Tenho fracassos homéricos. Mas, cara, 'Alexandre' foi como houvesse uma fila de críticos tentando me f...", diz, levantando-se da mesa e dramatizando a cena.
"Você precisa ter ou aclamação crítica ou sucesso comercial. Não dá pra ficar sem os dois", disse Farrell, meses antes de "O Vingador do Futuro", que custou US$ 125 milhões (R$ 250 milhões), render apenas US$ 46 milhões (R$ 92 milhões) nos EUA e ser destruído pela crítica local.
O jornalista viajou a convite da Sony

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